sábado, 31 de dezembro de 2011

New Year's Resolution

E aqui vos fica o último post de 2011. Como tinha prometido ontem, hoje deixo-vos aqui a minha lista de resoluções para o ano que vem. Sei bem que uma boa parte das coisas que desejo fazer ou ter não serão propriamente conseguidas em 2012, mas pelo menos fica a vontade ^^

  1. Ir à Disney
  2. Comprar uma Harley Davidson
  3. Ver um concerto dos Nightwish (mas só quando tiverem uma vocalista decente...) e outro dos HIM
  4. Acabar o curso e seguir para mestrado
  5. Ver o pôr do sol
  6. Escrever
  7. Dormir na praia
  8. Ver uma aurora boreal
  9. Viajar, simplesmente 
  10. Aprender a não perder as minhas coisas
  11. Dizer menos coisas feias
  12. Aprender finlandês
  13. Ser feliz

Independentemente do que mais queiram para o próximo ano que se avizinha mesmo ali ao virar da esquina (já falta pouco para eu ficar sem tv aqui em Braga... Yey... --'), espero que tenham montes de coisas boas! ^^ Tenham um óptimo 2012!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um bom 2000 e... Dóze!

Nunca fui muito boa nessa coisa de fazer balanços, seja do que for. Tenho uma leve tendência para evidenciar as coisas chatas e negativas, com relativa ironia, e de maneira a que seja patente uma razoável vontade de dar paulada em alguém. Mas também falo das coisas boas, claro, de um modo meio aparvalhado e tipo uma adolescente com as hormonas aos saltos. Sou de extremos, pois com certeza. Um dia estou perfeitamente bem, outro estou perfeitamente mal.

E acho que é mesmo a isso que, se eu o fizesse, o meu balanço de 2011 se resumiria: dias bons e dias maus, dias melhores e dias piores, pessoas que adorei conhecer, outras que preferia nunca ter cruzado na vida, que passei a algumas cadeiras, chumbei a outras, fiz coisas que adorei e que adoraria repetir, outras que não fiz ou que desejaria não ter feito. O meu 2011 resumiu-se a vivê-lo.

Este foi também o ano em que criei este blog. Ao tempo que pensava fazê-lo, mas tudo e mais alguma coisa parecia adiar mais um dos meus planos. Falei de coisas que adoro, levei as minhas palavras e opiniões aos outros, descarreguei as minhas frustrações relativas à universidade, aos vizinhos, ao mundo em geral e às pessoas em particular, desabafei sobre tristezas e partilhei os bons acontecimentos da minha vida. Prometo voltar para o ano, para o bem de quem me gosta de me ler e para o mal de quem não gosta. A vida tem disto.

Porém, este não é o último post do presente 2011. Para amanhã está marcada a derradeira crónica, uma lista de coisas a fazer em 2012, ou nos anos seguintes, tudo depende de... bem, de tudo mesmo. Ainda assim, aqui ficam os meus votos a todos os meus leitores de um bom dois mil e dóze!! (Cortesia da Radio Comercial - o vídeo está mesmo de matar a rir xD). Façam as coisas que lhes der na gana, divirtam-se, não liguem aos outros, e e last but not least, não se esqueçam de serem felizes ^^

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Crónicas dos Vizinhos de Belzebu, Vol.IV - Versão (ainda mais) nortenha

Quando eu pensava que voltar para a minha terrinha ia fazer maravilhas pela minha sanidade mental, derivado de aqui o ar ser mais puro e os vizinhos menos barulhentos, estava nada mais, nada menos, do que redondamente enganada... Quer dizer, o ar é efectivamente mais puro, é verdade, mas os vizinhos mereciam duas traulitadas na mona.

O meu drama com eles não é recente. Lembro-me quando ainda era caloira, e estava a tentar estudar para Introdução ao Direito precisamente na época a que satiricamente chamam férias de natal, e os vizinhos do apartamento de cima estavam a praticar a sua "ginástica nocturna". A primeira vez que mandei uma c*ralhada para o ar era perto da meia noite, a segunda já passavam das duas da manhã. Na altura, o desporto tardio era uma normalidade para eles, e já vinha dos meus tempos de secundário. Eu era literalmente obrigada a acordar lá pelas nove da manha graças ao basqueiro que a cama fazia a ranger e a bater na parede.

Eventualmente, a mania de fazerem aquilo quando eu precisava de dormir ou estudar passou-lhes. Há uns tempos para cá, lembraram-se de fazer todo o tipo de outros barulhos tão irritantes como o da "ginástica nocturna". É varrer ou aspirar a pu*ha da casa, às vezes mais que uma vez por dia, é o arrastar os móveis, o deixar cair coisas ao chão e discutir em altos berros todos os santos dias. Todos. Todos os dias fazem tudo isto que acabei de relatar. Acabo por dar em mim a pedir que o pinocanço volte, que ao menos era barulho apenas uma vez por dia (ou duas, uma de noite, outra de manhã).

Esta tarde passei a estudar e com os nervos em franja. É que não bastava me ter dedicado a Processo Executivo, ainda tive que aturar a paranóia dos vizinhos. A sério Apolinário? Não se calaram a tarde toda... Ora discutiam, ora ela varria a casa, ora discutiam mais uma vez, e voltavam a discutir, mandavam coisas ao chão e para finalizar, mais uma dose de discussão, sempre aos berros para toda a gente ouvir. Estou a atingir o meu limite. Desconfio bem que até me ir embora para Braga para o Reveillon, ainda vou ter que ir lá acima e ameaçar-lhes com o Código Civil. Ando seriamente a pensar nisso desde o primeiro ano de licenciatura. Agora sou finalista. Tem que ser desta.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Os estudantes e o mundo...

Hoje, à hora de almoço, vi uma reportagem na SIC sobre estudantes de medicina. Claro, não podiam falar de mais nenhum estudante, tinham que ser os de medicina. Há vezes mete-me impressão que só alguns estudantes de alguma universidades é que são relevantes.

Para quem não sabe, também escrevo para o Jornal Académico da minha universidade, e sempre que se fala de ensino superior, para além das notícias da própria instituição de frequento, que não são assim tantas, só há que relatar temas sobre as Universidades públicas de Lisboa e Coimbra. De vez em quando, lá se lembram que o Porto também tem uma. Os estudos, os entrevistados, as estatísticas, as novidades são todos de Lisboa ou Coimbra. E sinceramente isso enerva-me profundamente. Não sei se toda a gente já reparou, mas Portugal não é só Lisboa... Todo o investimento que o país faz, inclusive na cultura e turismo, vai praticamente (se não realmente) todo para Lisboa. Mas não é sobre isto que desejo falar e, com todo o respeito, vou passar ao que interessa.

Como estava a dizer, fizeram um meeting de estudantes portugueses de medicina, com aqueles que cá estão e aquele que, vá... emigraram para poder estudar aquilo que queriam. Falou, entre outros, um dirigente associativo que estava a participar nesse meeting, provavelmente também como um dos organizadores do evento. Quando a repórter lhe perguntou a sua opinião pessoal sobre voltar ou permanecer no estrangeiro após terminar a licenciatura, o mesmo respondeu qualquer coisa como: bem, muitos estão a pensar regressar para frequentar a especialidade cá e/ou exercer... Mas pessoalmente, e estou em Santiago de Compostela, penso ficar por lá e, eventualmente, um dia destes, voltar para Portugal.

Ora vamos lá ver uma coisa... Se alguém foi rejeitado no seu país, se outros lhe deram a educação, se esses outros lhe oferecerem perspectivas de emprego (já não digo de um emprego melhor, mas de um emprego por si só), porque é que haveria esse alguém de querer voltar? Que achem o que quiserem, porém, a verdade é que Portugal rejeitou e continua a rejeitar um grande número de estudante que por décimas, não entram em medicina, em vez de se lembrarem que talvez fosse mais inteligente aumentar as vagas do curso. Nós com falta de médicos e enfermeiros, e eles a debandarem para o lado de lá da fronteira. Conclusão: temos que importar profissionais do sector de Espanha e da América Latina, tal como importamos praticamente todos os serviços que podiam ser perfeitamente executados por nós mesmos.

Isso fez-me lembrar mais uma das coisas que está mal no meu curso: as vagas, precisamente. Só no ano passado aumentaram as vagas em mil nas universidades do país. MIL VAGAS! Mas esta gente é louca ou faz-se para levar a vida? Tanto jurista por aí, sem emprego nem na sua área ou nas caixas do Pingo Doce, e ainda dizem que é preciso saírem nas universidades mais licenciados em Direito? Isso é um convite ao desemprego, ao gastar dinheiro numa formação que não sabemos bem se vais ser sequer empregue. É vender um sonho pelo qual se paga alto por ele. Depois é claro que o senhor Bastonário queira barrar a entrada na Ordem dos Advogados aos novos juristas (se bem que está a optar pelo pior modo de o fazer... um tema para um post futuro...).

Meus amigos: fiquem onde estão. Não voltem, não vale a pena. Quem vos fala é mais uma estudante que está a pensar pôr-me a andar daqui para fora, não deve tardar muito. E por falar em estatísticas, também falei à hora de almoço sobre a mania que as pessoas têm de se basearem em estudos americanos e estudos americanos. É outra coisa que me dá comichões, diga-se. Mas não sabemos se, na verdade, quem realizou essas mesmas estatísticas foram os tuguinhas que saíram do país há um tempinho para tentar a vida lá fora. Tal como os tipos que fizeram a grande maioria dos sistemas informáticos para a NASA e que ainda lá trabalham... e que são portugueses.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O que nos ensinam nos contos de fadas...

Estas férias têm sido uma verdadeira maratona entre prendas de última hora, preparar docinhos e arranjar tempo para estudar para todas as cadeiras. Tem sido muito difícil, contudo, com força de vontade pode não se conseguir tudo, mas consegue-se alguma coisa.

Esta tarde saíram as notas dos trabalhos de Executivo. Aquilo consistia em fazer um comentário escrito sobre um acórdão, que tínhamos que escolher à sorte numa lista interminável. É claro que eu escolhi o tema mais simples e o que foi leccionado primeiro, assim como a maioria das pessoas. Convenhamos que: ser burro sai caro. Se eu já não sabia o que fazer da minha vidinha para redigir o trabalho, ia dar numa de ai que sou tão inteligente e vou escolher o tema mais difícil para mostrar aos outros que sou melhor que eles...?! É que me ia espetar ao comprido com uma pinta daquelas. Daí que decidi ser humilde e remeter-me à minha falta de conhecimentos e/ou imensa preguiça de ter que pesquisar o triplo, e escolhi aquilo que me pareceu dar mais hipóteses de ter uma nota razoável, leia-se, positiva.

Quando estava a aceder às pautas, só me conseguia lembrar da Pops, que tinha quase a certeza que ia tirar negativa no trabalho. Por momentos pensei o mesmo. Não foi o caso. Nem da Pops nem meu. Tirei 16. Fiquei parvinha da vida.

Aproveitei e dei uma olhadela pelo panorama geral. Só uns quatro ou cinco alunos tiraram negativa no trabalho. A nota mais alta foi 17, de quatro pessoas, e depois uns cerca de quinze 16. Estou banzada. Fiquei ao mesmo nível que os marrõezinhos da minha turma, e até consegui tirar melhor nota que muitos bons alunos. Fiz um trabalho ao nível daqueles que eu sei que tiveram ajuda, ou até melhor. Estou super orgulhosa de mim, porque sei que fiz tudo quase às cegas e sem ninguém que me orientasse. Não pensem que estou a achar-me a última bolacha do pacote e que sou mais que os meus colegas, simplesmente nem acredito que consegui fazer um trabalho tão bom!

E tudo isto me lembra A Princesa e o Sapo da Disney, que por acaso até deu na véspera de natal. A "princesa", Tiana, partilhava com o pai o sonho de ter um restaurante onde pudesse apresentar a comida de ambos. O pai disse-lhe para pedir à estrelinha mais brilhante do céu que a ajudasse a realizar o seu sonho, mas que nunca esquecesse que a estrelinha não ia fazer tudo sozinha, só ia ajudar. Na verdade, era apenas com o seu árduo trabalho que ia conseguir o que queria, e nunca com facilidades. Podem chamar o que quiserem aos contos infantis, ou as versões mais soft dos mesmos feitos pela Disney, porém, a realidade é uma: eles ensinam muito mais do que à primeira vista se pode pensar, mais do que em algumas cadeiras na universidade. Foi trabalho duro que me deu aquela nota, isso e o reconhecimento desse mesmo trabalho.

E Senhor Walt Disney, graças a si sou uma pessoa muito mais feliz ^^

domingo, 25 de dezembro de 2011

Bolinhos e prendinhas ^^

Eu sei que é um pouquinho fatela, mas a única coisa que me lembrei de jeito para falar num dia como o de hoje foi mesmo o rescaldo da véspera de natal (porque, para os mais distraídos, hoje é que é mesmo natal).

Vou falar-vos das prendinhas e dos bolinhos que fiz especialmente para a festarola. Começando pelas prendinha, acreditem que se vão rir com algumas coisas, tendo em conta o que eu escrevi na lista de coisas que não gostava de receber... Aqui vai a listinha de prendinhas recebidas:
  • Lady Rebel com Carteira
  • Chocolates variados, entre eles os meus lindos Ferreritos
  • Pijaminha quentinho
  • Base com ventoinha para o portátil
  • Livro Acácia com t-shirt
  • Bonequinha de peluche a imitar as bonecas de trapos antigas
  • Cachecol com pompons de pelinho (que faz pandan com as minhas luvinhas e earmuffs com pelinho)
  • Dinheiro

Pois... Mais um perfume, não é verdade? É que há uma senhora que todos os anos me dá um, e eu não tenho coragem de, ao fim de tantos anos, lhe dizer que não gosto muito de os receber de presente. Mas este ano até que o perfumito cheira bem e a carteira que traz é bem gira. Quanto à base ventiladora, eu até que estava a precisar de uma... O restante das prendas é, como se diz, "outra vez arroz", mas eu não me importo porque gosto de livros, de peluches e de chocolate em qualquer altura do ano ^^

E agora, os bolinhos! Ontem à tarde deu-me uma de fada da doçaria, só que lembrei tarde de que não tinha quase nada em casa e não ia sair para o frio da rua para ir buscar o que quer que fosse. Daí que me desenrasquei com o que encontrei na dispensa. E resultou nisto:


Temos, da esquerda para a direita, mini bolinhos de baunilha e pintarolas, mini bolinhos de maçã e canela, mini bolinhos de chocolate e pepitas de chocolate e mini bolinhos de laranja com mini bolachas. Sim, é tudo mini, porque não sabia o que havia de fazer e assim fiz um pouquinho de tudo. E como não tinha as minhas forminhas de cupcakes, tive que usar umas outra que tinha por aqui, e serviu perfeitamente. Tanto a decoração quanto a massa foram invenção de moi, já que utilizei o que tinha nem segui qualquer receita. Portanto já sabem, se eu não me safar na minha área de estudos, já sei por onde começar ^^

sábado, 24 de dezembro de 2011

Diz que é uma espécie de... Natal =P

Diz que é uma espécie de natal porque este ano decidiram que os alunos de Direito tinham que estudar para uma carrada de testes que têm em Janeiro... Não é a primeira vez que passo esta época do ano acompanhada de livros e apontamentos, mas é sempre uma chatice, já que a palavra férias costumava significar alguma coisa. Visto que não vou poder estar estas duas semana sem fazer nenhum com o rabinho alapado no sofá a comer televisão o dia todo e a enfardar doces, vou limitar-me a fazê-lo hoje.

A tarde de hoje será dedicada à confecção de doces e à caixa mágica e seus filmes, especialmente os de animação ^^ O jantar vai ter uma novidade este ano: bacalhau à brás para mim!! É que nem imaginam a luta que eu tenho travado com a minha mãe todos os anos para não me dar bacalhau cozinho... Para quem não sabe, eu não gosto muito desse peixito, mas que remédio tinha eu que comer. Agora com o bacalhau desfiado no meio de tanta outra coisa, é que nem vou dar pelo sabor, o que é óptimo!

E depois as prendas! Não me achem fútil, mas eu adoro abrir as prendas como se ainda fosse uma criança. É tão divertido tentar adivinhar o que são! E eu acerto quase sempre ^^ Não vão ser muitas, como normalmente não são. Contudo, o que me importa mesmo é que alguém se lembrou de mim e quero lá saber se são grandes ou pequeninas. Prendinhas são prendinhas, e um chocolate é o que basta para me fazer sorrir. Mas já tive um presente adiantado! O pai natal mandou-me um Estrumpfe peluche porta-chave, daqueles que vinham no McDonalds, que a minha mãe encontrou esta manhã na rua ^^

E pronto, hoje é só isto e não vos ocupo mais tempo. Só vos deixo aqui um vídeo que adoro! É uma versão do Conto de Natal do Scrooge em forma de sátira. E já agora... Bom Natal! ^^

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Censura... Naaaa!

Já há algum tempo que tenho feito certas considerações a este respeito, mas a coisa ficou bem mais patente após ter redigido e publicado o último post. Eu sei que se diz por aí que não existe censura por estes lados há quase 40 anos, todavia não sei se é bem assim... E desconfio que vou ter a certeza disso quando, um dia deste, uns fulanos quaisquer de fato e óculos pretos me entrarem pela casa fora e "me levarem a dar um passeio". Já agora, só por curiosidade, o Tarrafal ainda funciona?!?!

Tudo bem, eu sei que estou a exagerar, também para dar um ar mais animado à questão que me coloquei, mas temos que ser razoáveis e perceber que mesmo vivendo em pretensa liberdade de expressão, esta não existe realmente (daí ela ser pretensa). Basta pensarmos naquele professor, que agora não me lembro do nome, que disse a verdade fez uma piadola sobre a também pretensa licenciatura do antigo Primeiro Ministro José Trocas-te, e acabou suspenso e atoladinho de processos em tribunal.

Pois, é a vidinha... E considerando que eu não sou nada meiga a dizer aquilo que penso e a criticar o que anda de mal a pior neste pedacito de terra em que vivemos, não me admirava nada que um dia ainda viessem chatear-me ainda mais a mona. Pode ser que esteja a pirar de vez e a levar a teoria da conspiração ao extremo, pode ser... só que eu sempre ouvi dizer que mais vale prevenir que remediar! Não vou deixar de escrever o que me dá na real gana, mas deixo os meus leitores já de sobre aviso =P

O que me vale é saber que um dia que saia da prisão depois de cumprir a minha dívida para com quem não gosta de ouvir as verdades a sociedade, posso sempre escrever um livro a falar da corrupção e censura que existe no nosso país (que quem acha que é só uma treta inventada por algum doidinho, que se desengane). Isso, e saber que o meu foufinho me vai visitar à prisão - e agora até dá para ter visitas conjugais lá dentro!! Ui ui!

É pah, estou a brincar. Não creio que me prendam por ser achar que sou livre, mas nunca se sabe. Não encontrei nenhuma sanção penal para o crime de dizer a verdade no Código Penal que tenho cá em casa, mas pode sempre estar desactualizado. Contudo, também quem mente e rouba anda cá fora na paz do senhor, por isso não sei se hei-de dizer que são todos uns santinhos e vítimas de cabalas, taditos, ou se, como na música dos Xutos, o mundo está ao contrário. Acho que vou mais pena segunda hipótese..
 
De qualquer maneira, antes de mim, ainda prendem primeiro o Ricardo Araújo Pereira. Ele é muito mais venenoso que eu. Nesse caso, das duas uma: no dia que ele for para o xadrez eu remeto-me à minha insignificância, ou então disfarço-me de homem, vou presa e já sei que vou ter companhia lá dentro. O pior vão ser aquelas alturas do mês... É que nem o Ricardo me vai aturar! Também, que é que o mandou falar do que não devia?! Pois é... xD

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Portugalândia: que futuro?!

Hoje logo de manhã li dois textos em cadeia. O primeiro foi uma carta aberta endereçada ao actual Primeiro-Ministro (que podem ler aqui) e a segunda o editorial do dia do jornal Destak.pt.

Depois de ler ambos os textos e os respectivos comentários, só me apeteceu bater em alguém. Pouco depois li na Internet que os cuidados de enfermagem nos centros de saúde vão passar a ser pagos, assim como os feitos ao domicílio, pela módica quantia de 4 euros. Mas os drogados continuam a tê-los na mesma e sem gastar um tostão...

Isto só me leva a acreditar numa coisa: que as pessoas que fazem estas leis absolutamente absurdas têm que estar a lucrar com isto. Se o drogado gastar o pouco dinheiro que obtém, maioritariamente, ou a roubar ou a receber o salário mínimo garantido (que é mais uma maneira de roubar o contribuinte que sempre produziu para melhorar o país) em cuidados médicos ou a adquirir o kit de toxicodependente, menos fica para a dose. E quem é que fica a perder? Os mafiosos que fornecem a branquinha ao tadito do drogado. E quem são esses mafiosos... Pois, não sei, mas se calhar têm alguma coisa a ver com as leis que cobram 4 euros por cuidados de enfermagem ao reformado, ao desempregado e ao pobre do contribuinte... Mas não posso precisar ao certo.

Ao ler a carta aberta pensei em mim. Será que eu vou chegar ao cúmulo de emigrar para não ter que morrer de fome no meu país? Provavelmente sim. Li também comentários favoráveis e desfavoráveis. E não, um curso superior actualmente não significa nada... Mas devia significar! Vendem-nos o sonho de que se tivermos uma licenciatura podemos arranjar emprego mais facilmente, na nossa área ou noutra, não importa realmente. Só que não nos disseram que isso era em Portugal. Na Portugalânida, isso não significa a ponta de um corno. Até sugeriram à senhora ter escolhido um curso melhor, porque a sua escolha foi falhada e se queria mais dinheiro, cursava outra coisa. Chegaram ao desplante de dizer-lhe, que é mãe solteira (ou mãe divorciada, não me interessa para nada qual a qualificação) e que o problema dela era não ter uma família nuclear tradicional, e se não tinha competência para ter filhos, que não os tivesse! Mas nós estamos aonde afinal? Portugalândia. Pois, é a mesma contribuinte que não consegue ter nenhum tipo de rendimento extra do Estado para ajudar a alimentar os filhos só porque não é drogada. E para rematar, para quem entregou no ano passado um IRS com ganhos de 4 mil euros, nem contribuiu quase nada para os cobres do país, logo também não tem que receber. A sério Apolínário? Portugalândia outra vez?!?! Não, o pobre é que é um fatalista e tem culpa de toda a porra que lhe acontece...

Não são só as leis deste "coiso" chamado país que me revoltam, são as pessoazinhas que nele vivem. Devem viver muito bem vocês que só sabem criticar aqueles que pouco ou nada têm, e que não têm medo de gritar a sua revolta. Para me deixar ainda mais doente, tenho que levar com a imbecilidade da senhora Isabel Stilwell, a grande... "senhora" que faz os piores editoriais de sempre da história do jornalismo português. Provavelmente alguns de vós lembram-se do ataque que ela fez à Geração à Rasca e à música dos Deolinda que tão bem ilustra o terror de um jovem licenciado: tenho um canudo, mas não tenho mais nada.

Segundo esta "jornalista", lá por estarmos sem dinheiro para pagar as contas, a comida e a educação dos filhos, temos é que estar felizes porque é natal. E quem anda sempre de cabeça baixa e a fazer contas à pobre vida que tem devia de ter vergonha por ser um queixinhas e que a coisa não está assim tão mal. Ora, para a m*rda consigo! Eu não sei se tenho dinheiro para pagar a casa ao banco para o ano que vem, e quer que eu esteja como? Sim, porque para efeitos de cálculos de bolsa de estudo, a casa está em nome do meu pai, logo é nossa e é património garantido do agregado familiar. Só que quando se fala de empréstimos ao banco, a coisa muda de figura: ou se paga, ou se fica sem casa. Mas as senhoras da Segurança Social e dos Serviços Académicos disseram-me que a casa era minha...?! Pois... estavam a mentir.

E é neste país que todos nós vivemos minha gente: num país de mentirosos, em que nunca ninguém consegui ganhar o que quer que fosse na sua existência a ser honesto. E os que conseguiram, estão a pagar uma crise que não partiu deles. Mas convenhamos, meus senhores e minhas senhoras, que a culpa também passa um pouco por todos nós... Fizéssemos como um país da Europa (Bélgica, acho) que esteve mais de um ano sem governo e cresceu a olhos vistos! Pelo menos dava para economizar um pouquinho e o Ministro da Solidariedade Social já não comprava um topo de gama que nos lhe custou 86 milhões de euros... Como vos disse: Portugalândia...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Listinha de prendinhas ^^

Eu ainda sou do tempo em que se faziam listas de prendinhas ao Pai Natal e não Wishlists, mas como já não acredito no velhote da Lapónia que anda a distribuir prendas e magia montado num trenó puxado por renas, faço simplesmente uma lista de coisas que gostaria de receber.

O meu foufinho já tem andado estes últimos dias a dar-me na cabeça porque nunca mais redigir a dita listinha, mas ultimamente, como devem imaginar, nem sequer tive tempo para pensar no que lá meter. De qualquer maneira, ainda que um pouquinho em cima da hora, aqui vos apresento, se estiverem interessados em ofertar-me alguma coisa (que eu estou sempre interessada em receber =P), aqui vão umas linhas orientadoras para me deixarem contente este natal:

  • Chocolates, em especial Ferrero Rocher
  • Um Netbook (que vai ser oferecido, muito provavelmente, de mim para mim)
  • Livros
  • Peluches
  • Material de doçaria e pastelaria: livros de receitas, formas, um copo medidor, and so on

Claro que eu poderia adicionar umas coisinhas singelas, tipo um casarão vitoriano, com o recheio a condizer, montes de roupa linda e com rendinhas, uma Harley Davidson, e toneladas de et cetera. Todavia, era mais que óbvio que não ia receber nada disso, daí que achei por bem me cingir pelo que me parece possível receber. E como vêem, não é nada de outro mundo. São prendinhas simples, que o que importa é realmente saber que se lembram de nós.

E já agora, porque cautela nunca é demais, e Nightwish prevenida vale por duas, fica aqui também registado para a posteridade, uma lista de coisa que eu não gosto de receber (que há sempre algum ser que teima em oferecer aquilo que não devia - ou que eu não queria):
  • Perfumes
  • Caixinhas e material de costura
  • Material informático (quando preciso, vou a uma loja e compro o que quero)
  • Coisinhas sem utilidade nenhuma
E é basicamente isto povo. Aproveito ainda para dizer que a Lapónia mudou-se. As rendas no norte da Escandinávia estavam um pouquito para o carotas, daí que actualmente, segundo os senhores do Ups Braga, o Papai Nöel está sediado na Islândia... Enfim...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

VI Gala de Direito AEDUM - Eu fui!

Depois de uns dias de descanso mais que merecidos, retomei a minha vida activa tanto no blog como no estudo. Ainda assim, tenho que terminar hoje sem falta as minhas prendas de natal e pensar quais serão as doçarias que vou confeccionar para a quadra, e sem batedeira (que ficou em Braga porque na mala não cabia mais nada à conta das toneladas de livros e apontamentos que trouxe).

Ainda me lembro da altura em que não tinha nada que fazer em Outubro e já começava a comprar as prendinhas para as pessoas. Eu sei que é uma coisa um tanto ou quanto estranha, mas a verdade é que tinha mais que tempo para pensar no que ia oferecer e comprar com calma, e quando chegasse a altura de as lojas estarem a abarrotar de povo, eu já tinha as coisinhas todas adquiridas, embrulhadas e prontas. Só que agora com a Universidade esse hábito já lá foi, que o tempo é muito pouco e bem precioso. Isso lembra-me ainda que tenho que fazer a minha listinha de prendinhas... ^^

Mas o que eu quero aqui falar é de uma outra coisa... Na IV Gala de Direito, organizada pela AEDUM (Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho), da passada sexta-feira à qual eu fui espalhar magia xD A escolha da roupa não foi difícil, porque em termos de sapatos estou muito limitada por tem pezinho de Cinderella e vestidos tenho muitos. A minha escolha recaiu nos meus Oxford e num vestido que já tinha comprado há uns tempos mas que nunca tive oportunidade de usar (que eu raramente vou a eventos chic). Umas meias com uns efeitos quaisquer, o cabelo solto com espuma tipo juba, um aro do cabelo com umas rendinhas lá pinduradas, bijuteria e já está. Para finalizar, a maquilhagem feita pela Luce e um lencinho de Viana, e estava mais que pronta! Não perdi muito tempo com a toilette. Devo ter demorado uns 10 minutos a pensar no que ia levar, que eu cá sou muito prática.

Sinceramente não entendo as pessoas que demoram dias para descobrirem o que vão vestir, e gastam rios de dinheiro num vestido que só vão usar uma vez. Eu cá reinvento a minha roupa às vezes, adiciono um cinto de veludo, um alfinete, o que quer que seja, e não digam que não vão daqui. O que importa é estar apresentável e não quem tem o vestido mais caro e assustador de tão feio ou ridículo (como vi alguns na Gala...). Quem é que inventou a regra de que não podemos repetir roupa ou que esta tem que ser sempre nova? Só mesmo quem nada em notas como o Tio Patinhas... O que não é o meu caso. O meu vestido custou 13 euros nos saldos e serviu mais que bem! Tudo o resto já eu tinha usado e ficou impecável. E isso é que importa. Era só ouvir o afilhado Telmo e a sobrinha Lu que eu estava linda ^^ Taditos, eles nunca me vêm assim tão produzida xD

Ora, o evento foi no Melia Braga Hotel & Spa, super chiquérimo e de 5 estrelas. O ar era todo formal, o que tirou um pouco a piada à coisa, verdade seja dita, mas a companhia era óptima. As bebidas eram servidas na mesa, e os funcionários andavam com as garrafas na mão sempre à nossa volta. Mas no caso de se querer sumo, tínhamos que estar sempre a pedir que uma alminha caridosa se lembrasse de nos dar de beber, porque nem tudo o que é estudante bebe vinho... Como é o meu caso. Comida havia aos montes: entradas, refeição e sobremesa, só não comeu quem não quis. Como era buffet, era pegar e andar, e repetir se fosse caso disso. A minha enfatização vai, claro está, para a magnífica mesa de doces, que era um regalo só de olhar. Uma pessoa nem sabia o que havia de comer! Tantas coisas boas... ^^

Houve ainda a entrega de prémios do costume, momentos musicais e, para finalizar, bolinho e champagne, já que o que se celebrava era o aniversário da Escola de Direito da mui nobre academia Minhota ^^ Muito resumidamente, divertimo-nos. E isso é que importa realmente. Fosse a comer, fosse a criticar as roupitas (ou falta delas em alguns casos...) de algumas pessoas e, acima de tudo, estar com pessoal porreiro =)


E aqui está a minha primeira foto no blog! Já não podem dizer que não conhecem a minha fronha xD
Ao centro sou eu, obviamente, o jovem loiro que está a olhar para o infinito é o meu padrinho e o outro jovem com cara de atrasado mental é um dos meus afilhaditos. As 3 gerações aqui representadas ^^

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Hoje tiraram o dia para me traumatizar...

A coisa é bastante simples: o dia de hoje está a correr-me mal como a m*rda.

Ainda há mais ou menos uma hora descobri que tirei a nota mais miserável da minha vida académica. Por incrível que pareça, das piores cadeiras para se ter neste santo curso são: Direito Fiscal I e II. Nem sequer são cadeiras de Direito de jeito, mas como temos o melhor fiscalista do mundo como docente (palavras do próprio), a fasquia tem que ser mais alta... claro está.

Consegui fazer Fiscal I à primeira, em oral, ainda estava eu no segundo ano. Ano passado não consegui passar a Fiscal II... e estou a ver a coisa a repetir-se. O pior de tudo é que este ano sou finalista, e não queria nada ter que andar cá mais um ano por causa de uma ou outra cadeira.

A verdade é que as matérias não são difíceis. Há cadeiras bem mais trabalhosas e que exigem de nós muito mais que isto. A questão é que não sei que método de correcção é aquele em que eu tenho a certeza que tenho 3 das 5 perguntas do teste certas e tenho uma nota de 4,4 valores, ou coisa que o valha. Isso e darem-nos apenas uma hora para fazer a dita prova que tem, relembro, uma hora de duração, sem tempo suplementar. Sinceramente, acho que eles gostam de dizer todos os anos que chumbas 80% dos alunos inscritos, juro que acho. Devem até fazer competições quem chumba mais pessoal entre os docentes.

Para piorar ainda mais a situação, amanhã era o segundo teste parcelar a Fiscal II, e agora já nem vou à prova, descobri que perdi três dias a estudar para aquilo quando na sexta-feira tenho outro teste, este de Direito do Trabalho. Ou seja, em vez de estudar para aquilo que realmente interessa agora, como pensei que ia tirar boa nota a Fiscal II, multipliquei-me em horas de estudo para nada. É que até parece que estão mesmo a gozar com a nossa cara ao nos dizerem que as nossas notas são miseráveis e que perdemos tempo a estudar para Fiscal II para nada...

Enfim. Para aligeirar a desgraça, vou-vos contar como o stor de Direito Executivo desceu hoje na minha consideração. E a pique. Estava ele a explicar um exemplo na aula, quando se sai com a coisa mais degradante que por aquela boca já deve ter passado... O caso era qualquer coisa como isto (vou simplificar a coisa para vocês perceberem): A era credor de B, porque este último tinha uma dívida para com o primeiro. B não pagou, logo A entrou com um processo de execução para penhorar bens de B, para que a dita dívida lhe fosse paga, penhorando uma casa. Mas B era casado com C em regime de comunhão de bens, o que fazia com que todos os bens de cada um deles fossem de ambos. Então C deveria fazer umas determinadas coisas para não ser lesada, já que como iam penhorar a casa, que também era sua, saia prejudicada. Blá blá blá, e C tinha que andar a "seguir B para todo o lado" por causa dos bens e mais não sei quê. E é então que o stor remata com esta: "Se isto fosse a Casa dos Segredos, era como o João e a Fanny".

Juro mais uma vez que há coisas que não entendo... Primeiro, porque para além de docente é também advogado, e não sei como é que arranja tempo para ver o que quer que dê na televisão. Segundo, porque até tinha o homem em boa conta, e não sei porque carga de água ele vê uma coisa tão estúpida como aquele programinha de caca... Enfim ^2.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Daç, que está frio!

Eu sei que a situação que vou de seguida enunciar parece um pouco para o... impossível, mas tendo em conta que me encontro na mui antiga cidade de Bracara Augusta, a coisa já muda de figura. Estou dentro de casa de luvas. Sim, é verdade! E é com elas que estou também a escrever-vos.

Resumidamente, está um frio do c*railho!

Juro-vos que nunca conheci cidade mais fria no Inverno, nem tão quente no Verão, como esta. Até faz doer o osso de fígado! Eu sei que estamos mais para o interior, que não tem mar para temperar o clima, mas o que é demais é erro! Ao fim de quatro anos cá a estudar, ainda não me habituei a este frio... As minhas roupas estão geladas, as minhas mãos e nariz prestes a cair, e nem sei como é que vou ser capaz de vestir o pijama... Claro que vou ter que recorrer ao meu fiel termo-ventilador, que me tem acompanhado durante toda a minha vida. E quando digo toda, é mesmo toda! Este aparelhinho querido tem tantos anos como eu, já que foi a minha mãe que o comprou quando nasci para me secar a roupinha de bebé que, por eu ser uma badalhoca já com aquela idade, passava a vida a sujar tudo e mais alguma coisa xD Passados 21 aninhos, ainda funcemina que é um regalo! Ainda bem para mim ^^

Daqui a nada vou para o meu quarto, ligar o bicnhinho, e deixar a divisão aquecer todinha e só depois é que mudo de roupa para o meu merecido soninho de beleza, já que hoje tive 10 horas de aulas, com um intervalito para almoço de cerca de uma hora... A sério Apolinário, devia ser proibido ter tantas aulas por dia. Eu bem sei que foi um caso especial de antecipação de aula de revisões que lixou o esquema todo, e que até deu jeitinho, mas é muita hora seguida. Não admira que esteja totalmente esgotada e a berrar por cama! Mas o frio não ajuda para ir para o Vale dos Lençóis mais cedo...

E já agora, nem quero pensar como esta cidade vai estar gelada quando voltar para os testes de Janeiro... Vai estar perfeito para se morrer congelado!! Estudante sofre tantooooooo!! T.T

Eu sei que ainda não chegamos a este ponto... Mas não deve andar longe...!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Ainda bem que gostas de mim... ^^

Este fim-de-semana, verdade seja dita, andei a empanturrar-me de doces e coisinhas boas. Para além do "Bolo de Maçã Bêbedo" que eu própria confeccionei com ajuda do foufinho, também levo na conta uma boa parte da caixa de Ferrero Rocher que a Pops me ofertou, fruto da sua viagem a Paris de France, e as respectivas panquequinhas do foufinho.

Para a maioria de vós que me lê e que é do sexo feminino, estarão provavelmente a pensar em uma de duas coisas (ou em ambas): 1)  Esta gaja passa a vida a comer calorias tal como eu queria; 2) Esta gaja é gorda como uma foca. Assim sendo, apenas a primeira hipótese se aplica a moi je, e quanto à possibilidade de ser, efectivamente uma foca, como cheguei a referir anteriormente, tenho 47 kg distribuídos por todos os meus 1,53 m de altura (e não de circunferência...).

Aliás, graças aos mais de dois maravilhosos últimos meses, em que tenho tido pelo menos um teste por semana e trabalhos para entregar, já não sei o que é ter uma pausa de jeito desde o final de Outubro. E quando começarem as "alegadas" férias de Natal, vou ter que continuar a estudar como uma desalmada, porque nas primeiras duas semanas de Janeiro tenho 6 testes, aos quais muito provavelmente só vou a 5. Em razão de todo este desgaste, tenho duas breves considerações a fazer: a primeira é que já me estou a sentir razoavelmente irritada por estar a escrever este post como quem redige um manual de Direito do Trabalho, o qual passei todo o fim-de-semana a ler; a segunda é que já devo ter emagrecido dois ou três quilinhos resultantes do desgaste físico e psicológico que é não ter descanso que mereça esse nome.

Ou seja, em conclusão ao supra referido, tenho que repor os níveis de massa adiposa e açúcares na minha pessoa. Como? Enfardando tudo o que supostamente não devia e faz muita gente roer-se de inveja. Apesar de ser magrinha, tive ainda o direito de ouvir as seguintes aparentes referências a mim mesma:

- És uma betoneira;
- Pareces uma rotunda;
...e a melhor de todas:
- Não podes espernear porque estás redonda.

Isto tudo porque... Bem, as panquecas enchem mesmo. Nem eu fazia ideia que aquilo inchava o estômago de uma pessoa! Jasus... como eu ficava. Se o foufinho me abraçasse com um pouquinho mais de força, a comida ameaçava logo vir cá para fora. Deste modo, todas as coisinhas fofas que ele achou por bem me chamar, eram em função da minha redondez e não da minha fofice! xD

Mas não faz mal. E não foufinho, não vou achar que estou realmente gorda, porque eu sou bem magrinha, e sei perfeitamente que estás a brincar comigo. Eu adorei que me dissesses que estava redonda por causa das panquecas mesmo assim. É a maneira dele seres... tu ^^

sábado, 10 de dezembro de 2011

Limpem-me o congelador!!

Hoje tive um pequeno grande problemazito com o congelador... Acontece que quando fui tirar a comida para fazer o almoço, estava a descongelar todo o que lá tinha.

Já há uns dias que nos andávamos a queixar que a porta do congelador não andava a fechar lá muito bem, e até a Cátia falou na necessidade daquilo ser descongelado nas férias, mas como boas universitárias que somos, deixamos a coisa andar assim e esquecemos completamente o assunto. Só que isto já não pode mais continuar assim. Se por acaso não tivesse cá ficado no fim-de-semana, muito provavelmente quando  chegássemos no domingo, a comida estava total ou parcialmente estragada. E a razão para isto acontecer é...?! As empregadas não descongelam aquela m*rda há décadas, sendo que o gelo acumulou-se por todos os lados, não deixando a porta fechar completamente.

Sim, é verdade, temos duas senhoras que "nos visitam" de vez em quando para passar literalmente o pano nos móveis (ou pelo menos em alguns...). Provavelmente vocês estão a pensar que cá em casa somos todas umas "meninas" e que não queremos é mexer um mindelo para fazer o que quer que seja. Mas a questão é que elas são pagas para limpar e tratar da casa. Este já é o 3.º ano que cá estou a morar e, que me lembre, o congelador só foi descongelado uma vez. Repito, uma vez. Daí que passamos nós a vida a dar punhaladas no gelo acumulado à volta da nossa comida. Para além de ficarmos com pouco espaço para as nossas coisas, e nós somos quatro por aqui, acaba por se tornar perigoso, pois podemos ficar sem toda a nossa comida assim sem mais nem menos, só porque o congelador não é limpo por quem tem competência para tal.

E agora tenho que vir para aqui descarregar as minhas frustrações. Se a desculpa é ter comida no congelador, então estamos bem f*didas, que há sempre comida lá, mesmo nas férias, pois nunca sabemos quando vamos precisar de cá vir. A desculpa é mesmo a de que não querem fazer um c*railho, o que se nota pelo aspecto que a casa tem quando cá vêm limpar o sítio. Lá uma vez de mês e meio em mês e meio a casa fica bem! Claro que não nos devíamos estar a queixar porque pagamos pouco e temos quem supostamente nos limpe o nosso "antro", e que podemos fazê-lo nós próprias. Mas se é para ter empregada da limpeza, é para a ter efectivamente, e não apenas só para dizer às outras pessoas.

Enfim... Já não se fazem funcionários como antigamente, e em todos os sectores laborais. Excepto no caso dos funcionários públicos, que esses estão cada vez piores.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ementas dos foufinhos ^^

Durante os próximos dias, o meu foufinho vai estar comigo e só comigo, para muito tempo de qualidade e estudo. Como ele gosta muito de cozinhar, eu cedo-lhe a minha cozinha com todo o agrado para ele se entreter a fazer as comidinhas, e eu comer, como é óbvio. Quem me conhece sabe que eu não gosto nada de cozinhar, por isso, é só juntar o útil ao agradável ^^ Como compensação, aqui a Nightwish prepara sempre um bolinho mais simples ou mais elaborado, e aparentemente, tenho que aprender a fazer mousse de chocolate para a passagem de ano =P

Desta vez que ele cá está, achou boa ideia prepararmos uma ementa, para sabermos o que precisamos para as refeições que vamos enfardar em conjunto. A ideia é não acontecer o costume: andarmos feitos baratas tontas a pensar nas comidinhas e depois não termos o que é preciso para as confeccionar.

Aqui vos fica o nosso cardápio para estes dias:

Quinta-feira (hoje):
- almoço: Rissóis de camarão com arroz e batatas fritas
- jantar: Pernas de frango estufadas com arroz

Sexta-feira:
- almoço: Febras com arroz e batatas fritas
- jantar: Empadão de frango de churrasco

Sábado:
- almoço: Peixe cozido com batatas cozidas
- jantar: Bifinhos com molho de soja e batatas com chouriço

Domingo:
- almoço: Omelete e arroz

Vocês devem estar a perguntar-se do porquê de tanto arroz... É que, vá, sou arrozeira! E gosto de arroz. E quando sou eu a fazê-lo, é logo um panelão para uma semana (que assim é só aquecer e dá menos trabalho xD). Já sei, sou preguiçosa, mas o Garfield também é e toda a gente gosta dele =P

E isto tudo significa o quê? Que vou estar com o meu foufinho e que vou comer bem até Domingo como bónus! Para completar a ilíada comestível, ele ainda fez panquecas para nós (especialmente para mim) e eu vou fazer o meu Bolinho de Maçã Bêbedo (que falo aqui).

Boas comezisses! ^^

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Agora ser doente... é luxo

Pois é verdade. Ainda não tive coragem de procurar a notícia na net para ler, mas já soube das novas medidas para 2012 no área da saúde. E só de as ouvir já fiquei sem a minha saúde...

Pessoas, se querem ficar doentes e ir às urgências de qualquer unidade de tratamento, façam-no até ao fim deste ano, que para o próximo já não há numerário para uma coisa tão fútil como é a saúde de todos nós que não somos milionários ou filhos de gestores. A partir de Janeiro, os serviços de urgência dos Centros de Saúde do país passarão a cobrar 5€ de taxas moderadoras, enquanto os hospitais cobrarão 20€. Pu*ah que pariu! Mas isto é o quê mesmo?! De país passamos a empresa privada de luxo...?!

Estão a ver o que tinha os USA? As pessoas que tinham dinheiro pagavam um seguro de saúde e tinham tudo e mais alguma coisa, quem era pobre, não tinha direito a coisa nenhuma. Agora, o senhor Obama lembrou-se que os miseráveis até são gente e instituiu a segurança social. Portugal vai funcionar ao contrário. No próximo ano seremos todos capitalistas.

Para piorar ainda mais este cenário decadente, os desempregados vão ser retirados da lista dos isentos do pagamento de taxas moderadoras. Só para os mais distraídos, a maioria das pessoas sem trabalho não está nessa situação porque quer! Claro que eu estou a falar daqueles que não recebem o Rendimento Mínimo Garantido... Se forem ciganos (nada contra eles, atenção) ou drogados, aí já têm direito a 700€ mensais sempre garantidinhos... E não pagam as ditas taxas! Aparentemente ser-se um pária da sociedade e não produzir nada desta vida para o melhoramento do país é o que está a dar... Quanto à minha mãe, que está sem emprego, não tem sequer direito ao Rendimento de Inserção Social (cerca de 300€) porque o meu pai tem um ordenado médio que, aparentemente, a dividir pelos três do agregado familiar, é mais que suficiente para vivermos...

Só mesmo na Portugalândia... =/

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

I ♥ the Classics ^^

Ora vamos lá mostrar que eu não estou falecida... Pois, não estou mesmo. Eu sei que disfarço bem nisso de falecer por estes lados, mas não acreditem. Estou cá, bem vivinha da silva, e sempre pronta para meter nojo, entre outras coisas xD

Ainda assim, vou contar-vos uma coisa fantástica: ontem à tarde, enquanto intervalava no estudo de Direito Fiscal II (odeio profundamente aquela m*rda, e tenho para mim que o sentimento é recíproco), estive a ver os Clássicos de Natal do Mickey. Eu sei, eu sei, já devia ter uma idade mental equivalente, não propriamente à minha idade física aparente (para quem não me conhece em pessoa e desvario crânio-encefálico, apesar de ter 21 anos, pareço ter, por vezes 16, ou 15, e outras 14 até...), mas sim à idade que consta na minha certidão de nascimento. Só que é assim: eu sou uma criança em ponto de "maior desenvolvimento de algumas partes do corpo" (que em ponto grande não sou com toda a certeza) =P

A sério, adoro ver desenhos animados. Não são todos, sou algo selectiva nesse assunto, como em todos os outros. Todavia, há determinadas animações que para mim são especialmente significativas, como é o caso dos cartoons que vi no Domingo. Não me considero velha, mas sou inevitavelmente mais velha comparando com a altura que via continuamente a cassete dos antigos desenhos animados da Disney, entre princesas reais e Mickeys super divertidos. E sabe tão bem ver tudo isso de novo! Infelizmente, agora já não tenho leitor de VHS, que desde que se avariou pela última vez, não foi mais arranjadinho. E isso deixa-me triste, porque se pudesse, ainda hoje passaria horas infinitas naquilo.

Para além de serem animações lindas, são aquilo do que foi feito a minha infância. Chamem-me lamechas ou "cheia de tretas", porém, as memórias de muitos que tal como eu tiveram o privilégio de ainda assistir aos clássicos e transbordar de alegria com eles, estão precisamente em todas as falas e gestos de pessoas de "mentirinha". Na altura, muitos de nós nem sequer tinham noção das lições tão básicas e tão importantes que estávamos a aprender, as mesmas que ainda estão bem impressas em nós. Com os "bonequinhos" rimos, choramos, e vivemos milhentas aventuras. E fomos incrivelmente felizes.

Simplesmente não conseguem ter noção do que os desenhos animados, esses desenhos animados, foram e são tão especiais para mim. Como sou filha única, nunca tinha ninguém com quem brincar, por isso os "bonequinhos" foram muitas vezes os meus únicos companheiros, que não precisam de fazer muito para me deixarem alegre. Depois cresci, perdi a inocência, e esqueci-me deles. E agora eles voltaram para me animar mais uma vez ^^ Não, não é ser lamechas, é ter saudades dos anos de inocência perdidos, em que tudo se resumia a brincadeiras, por vezes bem sérias, e nenhum problema que não se pudesse resolver com o enfardamento de chocolates. Agora a vida é estupidamente difícil, e nem todo o chocolate do mundo parece poder fazer o que quer que seja por nós... Mas ver mais uma vez os Clássicos de Natal do Mickey conseguem ser incrivelmente apaziguadores em qualquer momento das nossas vidas.


UPDATE - 21:45 horas: Descobri agora mesmo que hoje é o aniversário do Senhor Walt Disney ^^ Nenhum post poderia ser mais apropriado do que este para celebrar a vida e obra deste grande homem!

domingo, 27 de novembro de 2011

Dos comentários a acórdãos e das mosquitas lésbicas

A minha vida é feita de pragas. E a minha vida blogocoisica tem sido afectada por uma destas pragas... A cadeira de Direito Executivo.

Eu que ainda devia estar preocupada em fazer a outra cadeira de Processo Civil (Declarativo), ou então estudar para os próximos testes de Direito Fiscal II e Trabalho, tenho que perder tempo com coisas zinhas, tipo comentar um acórdão do STJ sobre títulos executivos, que nada tem a ver com a matéria de Executivo, a bem dizer. Que praga que eu tenho com aquela coisa... É que se ao menos nos explicassem o que c*railho temos que fazer, ainda era uma coisa. Agora mandarem-nos assim para uma jaula a abarrotar de leões sem nos dizerem ao que vamos (para os dentinhos dos mega bichanitos), assim já não devia valer.

Mas comecemos pelo início. No princípio do ano lectivo, a docente de Executivo disse-nos que este ano, para além do teste global à cadeira semestral, teríamos que ter outro momento de avaliação. Em vez da resolução de um caso prático em oral, que o pessoal fazia em casa e depois era só debitar a resolução para o professor das práticas, e eventualmente ser presenciado com perguntas novas saídas do nada, agora foi decidido que temos que comentar um acórdão por escrito. Ora f*da-se...!

Para quem não sabe, o que é perfeitamente aceitável, um acórdão é uma sentença, mas em vez de ser proferido por um tribunal singular (com apenas um juiz), é resultado da decisão de um colectivo de juízes, normalmente três. Tendo em conta que tivemos que escolher à sorte qual acórdão comentar, o que levou a uma grande salsada de grelos à escala quase mundial, agora temos que redigir um trabalho que não sabemos por onde lhe pegar. Aparentemente, a docente das teóricas ficou de nos facultar umas regrinhas para sabermos como se comenda uma coisa daquelas, só que, com toda a certeza, a senhora é muito atarefada e não teve tempo para tal... Conclusão: estamos a inventar. Depois os professores ficam muito chateadinhos porque os alunos não sabem fazer nada de nada... Pudera! Talvez porque não lhes ensinam nada de nada!

Para completar o meu achaque por pragas (já não bastavam as cadeiras da universidade, mais respectivos testes, trabalhos, docentes, salas de aula por limpar que me causam ataques de sinusite...), eis que a comunidade de mosquitos dá numa de que o meu sangue é docinho e toca a picar a Nightwish! Se bem que este último Verão fui bastante poupada a ferradelas, comparando-se em igual período de anos anteriores. Só que ontem à noite andava lá pelo meu quarto um filha da pu*ah de um mosquito, que me acordou com o seu síndrome de "sou uma avioneta e vou zumbir nos ouvidos desta gaja só para meter nojo".

Sim, eu acordei com o bicho a romper o silencio com aquele barulho irritante tão seu característico, e ainda tive tempo de dar umas cacetadas em mim mesma. O que eu não contava é que ele me ia ferrar... no lábio. Ou ela, que eu uma vez vi na tv que são as musquitas que picam as pessoas para beberem o sangue destas, para depois alimentarem os bebés mosquitos. Mas não tenho a certeza de ser bem assim... Caso contrário, não haveriam mosquitos macho. De qualquer maneira, o que me interessa é que acordei com o lábio inchado, que parecia que tinha levado uma bordoada nem assente.

A sério Apolinário?! Isto só a mim... Tanto sítio onde picar, tinha logo que ser ali. Escusado será dizer que comecei logo a panicar, porque aquilo herpes labial não era, daí que era uma coisa completamente nova e estranha e não voltava não normal. Cheguei até a pensar que pudesse ser da posição de tinha a cabeça na almofada, tipo totalmente enterrada no apoio fofo para dormir. Só que quando me cheguei ao espelho e vi a marca do forinho que o c*railho do bicho me fez... Só me apetecia matá-lo. E quase que consegui! Mas o c*abrãzoinho (ou c*bronazinha - não quero mosquitas lésbicas a beijarem-me! Já tenho o meu foufinho e não quero mais nenhuma criatura a executar tal proeza) fugiu-me...

E agora digam-me: poderia eu viver sem as pragas que assolam tão descaradamente a minha vida? Claro que podia... Só que não me deixam!! And it sucks... =/

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Direito Penal II - Penar pelo segundo ano consecutivo

Hoje tive o primeiro teste parcelar de Direito Penal II. E aquela m*rda foi penar até ao fim.

Para começar, são as aulas em que os stores não dão nada desta vida de jeito. Não faço a mínima ideia da vidinha do que raio ando a dar nas aulas. Na teórica, o stor divaga e divaga e divaga... É muito boa pessoa, mas não tem noção que ele sabe imenso e tem que dar o programa em concreto e uma ou outra coisa a mais, só por curiosidade. Pois bem, ele dá todas as curiosidades e mais alguma possível e imaginária, e só de vez em quando se cinge à matéria do programa da cadeira. As aulas práticas... nem vou falar.

Sinceramente, não sei qual das aulas é pior, ou seja, em qual delas aprendo menos. Ou desaprendo mais. Ainda assim, lá fiz um esforço maior do que o Atlas para mover o mundo, e tentei estudar o mais que pude aquela bodega. Falhei miseravelmente.

Nem um dia inteiro consegui estudar. Foram uma ou duas horas por dia em 3 dias, dias estes intercalados. Acho até que nem consegui fazer as 6 horas que acabei de escrever, Pavoroso, foi o que foi olhar para aquilo. Mas fui na mesma fazer o teste, basicamente numa de "temos global, recurso, época de Setembro e para o ano (não convinha muito...), por isso, depois vê-se". Eu bem sei que esta não é a melhor postura, só que também não me adianta nenhuma ir super nervosa, que se assim for, só vou para lá fazer m*rda.

E pronto. Lá fui eu. Mal li o teste, fiquei logo de olhos em bico... Na parte teórica do teste, do qual constavam três perguntas, estava o seguinte:

"1. É a indemnização por perdas e danos uma consequência penal? Justifique a resposta dada.

2. Como caracteriza justificadamente o sistema penal português no plano das suas reacções criminais (monismo/dualismo)?

3. Discuta doutrina e jurídico-positivamente a questão dos sistemas de determinação da multa."

Do caso pratico, nem vou fazer menção, que aquilo ainda era uma cagada maior que as perguntas supra transcritas. F*da-se! Mas que questões da treta são estas? Tirando efectivamente a segunda pergunta, tinham tanta m*rda para pedir ao pessoal para desenvolver, e metem estas coisas? A primeira questão foi abordada assim uns 5 minutos ou menos numa aula teórica, se não me engano, a última era quase igual a uma parte do caso prático.

Facto mais interessante de todos: tinha uma hora para fazer o teste, sem tolerância. Três perguntas teóricas para desenvolver e um caso prático super geral e abrangente com duas alíneas e só 90 minutos... E depois admiram-se que os alunos de Direito não tiram notas de jeito. Gostava de ver os stores a tirarem 20 e a fazerem um teste tão absurdo em tão pouco tempo. E não eram só os de Direito Penal II. Queria ver todos os meus docentes a fazerem os testes que nos dão e ter tudo certo com a miséria de minutos para cobrir todas as possibilidades... É uma vergonha, tendo em conta que processo na primeira instância (tribunal de comarca, como quem diz, tribunal da terrinha) chegarem a demorar 12 anos...! Mas é o que temos...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Agora é andar sóbrio até aos 18 anos... NOT!

Ao fim de não sei quanto tempo alguém se lembrou que a canalha não deve beber. Tem graça que eu ando a dizer isto desde os meus anos do secundário... É por estas e por outras que cada vez mais me considero à frente no tempo comparando com muita gente.

Aparentemente, hoje alguém "importante" anunciou que a partir de 2012, a idade mínima para consumo e aquisição de álcool vai passar dos 16 para os 18 anos, e ainda que esta nova medida será acompanhada de outras que têm por base desincentivar os jovens de beber. A ideia por detrás de tudo isto assenta em duas ordens de razão: primeiro, porque é considerada uma preocupação de saúde pública; depois, porque nos outros países europeus é assim, sendo que "não se justifica que Portugal não siga aquilo que é comum num número significativo de países europeus e não só no sentido de tornar o álcool apenas disponível para maiores de 18 anos".

Oh pessoa que disse isto, estimo muito bem que vossa excelência se f*da. Afinal é não só porque faz mal beber em idade precoce. Temos que ver que somos uns Maria-vai-com-as-outras, e que se os outros fazem, nos também temos que fazer. Se a Alemanha dá pulinhos, Portugal também tem que pular, se a França dança o Hula, Portugal não pode deixar de dançar também. Ide à m*rda masé...

Não obstante das considerações europeias da treta, a verdade é que a criançada começa a beber cada vez mais cedo. Sim, criançada, que gente com 12 ou 13 anos, são inadvertidamente crianças. Acredito que elas achem normal beber e que pensem que a bebedeira os torna muito adultos, mas não torna. Contentem-se com a idade que têm, porque quando tiverem 20, vão desejar os 12 ou 13 outra vez. Provar um golinho de vinho ou champanhe em casa, com supervisão, não é nada de mais. Também o fizeram comigo, e não virei bêbeda. É preciso é ter cabecinha e saber o que se faz, mas tendo em conta a educação que este povo tem hoje em dia, já quase nada me admira.

Acho que eles realmente querem fazer com que a juventude deixe de beber e apanhar altas "cabras", é muito simples: lei seca. O pessoal vai sempre querer beber e fazer cenas tristes, ir para o INEM, dar beijos a desconhecidos, ter sexo casual em casas de banho, e outras coisas mais. Se eles agora já pedem a pessoas mais velhas para lhes comprar a bebida, vão continuar a fazê-lo, só que por mais um par de anos. Os bares e roulotes vão continuar a não pedir identificação, porque o que eles querem é vender, que a vida não está fácil para ninguém.

O que têm que mudar são as mentalidades. Aos anos que ando a dizer que só se devia beber a partir da maioridade, mas ninguém me ligava puto. Afinal até que tinha razão. Temos que ensinar a esta canalhada que andar a cair na rua da pinguinha, gregar em tudo o que é canto e chegar ao cúmulo de ser levado em braços para casa não é bonito. Eu não preciso de beber para me divertir. Não é o álcool que vai fazer a minha noite, mas sim as pessoas com quem eu a vou passar. Cresçam primeiro masé, e depois sim, pensei em ser adultos e se comportarem como tal. E não é a apanhar altas mocas que vão ser mais "crescidos", ai isso é que não.

domingo, 20 de novembro de 2011

A mística do prefácio e a ignorânica das novas gerações

Hoje, quando vinha no comboio para Braga, encontrei um família bastante engraçadita... Enquanto esperava que o gigante de ferro arrancasse de Viana com destino a Nine, reparava, não com muita atenção, numa senhora com os dois filhos, uma rapariga de 14 anos, e um rapazito com cerca de 8 anos.

A adolescente tinha um livro. Pelo que estive agora mesmo a pesquisar na net, O Velho e o Mar de Ernest Hemingway faz parte da leitura obrigatória de um qualquer manual do 9.º ano de Língua Portuguesa. Mal ela abriu o livro, a primeira pérola maravilhosa da viagem: "Oh mãe, aqui tem um prefácio... O que é isso?!". Eu fiquei a olhar para a miúda, com cara de ursa, simplesmente. A mãe tentou explicar-lhe que aquilo era um género de introdução, mas ela não entendia. Algumas frases depois, que eu não consegui ouvir direito, ela responde "Já podias ter dito o que era... Eu não estou a estudar Chinês, estou a estudar Português".
 
Primeira observação: a língua Chinesa não existe. Na China falam-se três línguas: Mandarim (maioritária), Cantonês e uma outra que eu não conheço. Não se fala Chinês. Segunda observação: oh c*railho, tu tens 14 anos e não sabes o que é um prefácio? O que se seguiu na conversa entre mãe e filha dá resposta a esta pergunta: "Eu nunca tinha visto um livro com prefácio...", "Oh filha, há muito livros assim. Quando chegarmos a casa eu mostro-te... Mas também, tu pouco lês...", "Oh mãe, eu já li três livros!!".

Convém informar os leitores que este "três livros" foi dito com tal enfatização, que por momentos cheguei a convencer-me que era um feito fantástico. Não parvalhona, não é! Teres lido só três livros na tua medíocre vida, é um número de m*rda! Com a tua idade, já tinha perdido conta aos livros que tinha lido, e não eram tretinhas em meia dúzia de páginas, já lia livros a sério, literatura, não revistinhas cor-de-rosa.

De qualquer maneira, não me admira que o nível de conhecimento da pirralhita seja tão baixo, porque mal leu duas linhas do livro, guardou-o logo e pôs nas orelhas uns headphones daqueles todos XPTO, que estão à venda na Fnac por 40 euros, ou coisa que o valha. Para isso tem ela dinheiro. Para investir em cultura já não. Mas também não é assim tão estranho, visto que o puto pediu logo à mãe a PSP. Contudo, a miúda cansou-se logo de ouvir música e foi a dormir quase a viagem toda, com a cabeça pousada em três sacas de compras: uma da Modalfa (roupa), outra da Stradivarius (mais roupa) e uma última da Book.it (que com certeza não tinha livros, porque o seu conteúdo era demasiado fofo para isso).

Quanto ao rapazito, a coisa não foi muito melhor. Para além de nunca parar quieto, estar sempre a falar e a tirar-me do sério, o que não é fácil, pelo menos ao que toca à criançada, tinha expressões bem engraçadas, como "raios parta" tudo e mais alguma coisa, "filho da pu*ah" e "c*railho". Penso que estes preciosismos de linguagem devem ser bem comuns para ele, porque dizia-os com um à-vontade estupidamente incrível, e para além disso, a mãe nada lhe dizia. Foi esta mesma mãe que, quando estávamos em Barcelos, se não me engano, lhe cortou as unhas no comboio.

E depois admiram-se quando a miudagem é extremamente rude e mal-educada. Isso, e totalmente sem cultura alguma. Mas a culpa não é só deles: é, acima de tudo, dos paizinhos que eles têm. Tudo bem que os meus nunca me instigaram assim tanto à leitura, todavia, quando perceberam do meu gosto pelos livros, sempre que podiam davam-me mais um. Porém, nunca fizeram o oposto. Eu cresci como muita gente da minha idade: tinha pouco e era com pouco que me tinha que contentar. Sempre houveram pessoas com ainda menos que eu, mas tinha a noção do que poderia ter ou pedir. Este putos de hoje em dia têm tudo e mais alguma coisa, os paizinhos sedem a todas as suas birrinhas, e depois acabam por se tornarem cidadãos sem o mínimo de cultura ou de moral.

Juro que não percebo estas novas gerações. Ao lado deles, sinto-me uma anciã. E eu nem sou assim tão mais velha que eles. Juro ainda que, quando tiver filhos, eles não vão ser assim, que eu não deixo! Que eles vão ter mãezinha que os eduque, e que lhes ensine coisas que valem a pena. Vão ser os maiores da aldeia deles.

sábado, 19 de novembro de 2011

Donas de Casa Desesperadas, versão com filhos na piscina

Sábados de manhã significa, na maioria das vezes, para mim, mais uma ida à piscina. Devo desde já dizer que estou a ficar uma expert na coisa! Já consigo nadar, ainda que mal, de barriga para baixo, e fazer uma habilidade à golfinho, isto como quem diz, já vou mergulhando menos vergonhosamente. Para completar a coisa, basta relatar-vos a frase que um dos miúdos que está na piscina comigo me disse hoje: "Agora já não tem medo da água!" (Sim, eles tratam-me por "você", ainda não percebi bem porque razão... é certo que eu sou uns valentes anos vais velha que eles, mas acho que também não é motivo para tanto! Eles lá sabem...).

Ainda assim, sou a aluna mais atrasada daquela secção e, provavelmente, de toda a piscina, porque para além dos 5 rapazes que estão na minha pista (a de nível mais baixo) terem começado as aulas antes de mim, eles conseguem ir todos os sábados, coisa que eu nem que quisesse seria capaz de fazer. Quando eles forem universitários como eu, lá perceberam porque é que a trenga de 21 anos que fazia umas cenas tamanhas na piscina só aparecia metade das vezes por mês. Por hora, o mais velho deve ter uns 13 ou 14 anos, logo ainda lhe falta muito tempo para não ter tempo para mais coisa nenhuma a não ser os calhamaços da faculdade.

Todavia, estou feliz com o meu progresso. Em três aulas consegui fazer o que nunca pensei possível em toda a vida de tentativas e pirulitos engolidos. E só por acaso, quando volto a casa das aulas de natação, não me sinto cansada nem com dores musculares. Quanto ao sono, isso já é outra história... Para começar, eu tenho sono todos os dias e a todas as horas. E quando sou obrigada a acordar ainda mais cedo que o costume, ainda mais sono tenho. É o que dá só ter aulas de manhã duas vezes por semana (à quarta entro às 9 horas - suplício!! - e à quinta às 11 horas). Mas agora vocês perguntam-se: onde diabo entram as Donas de Casa Desesperadas?! Ora muito bem, é aqui mesmo.

O grosso da canalhada, parece-me, está no turno a seguir ao meu na piscina (aquilo é assim para não entupir). Quando eu acabo a aula e vou à banhoca, começo logo a ouvir a criançada aos berrinhos. Vou à minha vidinha e quando retorno ao balneário para me vestir, encontro o local cheio de criancinhas e, pior que isso, as mães todas no paleio.

Para além de ter menininhas dos 2 aos 8 anos (idade aproximada "a olho") a olharem para mim, provavelmente para alguma zona específica do meu corpo que lhes pareça diferente do delas, curiosidade perfeitamente normal naquelas idades, tenho menininhos dentro da mesma faixa etária a fazer o mesmo. Minha gente: se a canalha é demasiado nova para se vestir e despir sozinha para ir para a aula de natação, criem um balneário só para eles. Ou então os pais que levantem o c* da cama e os levem para o balneário dos homens, e assim as mães já não têm que os levar para o balneário das mulheres. Não tenho que ter um miúdos já na primária e com idade para "saber umas coisas" a olhar para mim e para o meu corpo como quem "até que ia aí tocar numas coisas", nem tão pouco tenho que chegar ao cúmulo de me ir vestir para a casa de banho (que não tarda nada, vou começar a fazer). Se o balneário é feminino, não é para ter lá pilas, mesmo sendo das mais pequeninas.

Só que o terror não acaba aqui. As mãezinhas dos meninos e das meninas, quando se juntam em bando, começam a falar que nem gralhas em dia de festa e, de preferência, o mais alto que conseguirem. Aquilo torna-se num galinheiro tal, que às vezes só me apetece sair disparada com metade da roupa vestida, e deixar ficar para trás toalha, chinelos e demais coisa que tenha por lá. Depois admiram-se porque a criançada hoje em dia é mais ressabiada que o "deus me livre".

E aquelas senhoras não são nada parciais... Da última vez que lá fui, olharam-me com uma indiferença tal, que eu até fiquei pasma. E lá estavam elas, entretidas mais na conversa do que em tratar dos filhos, a olhar para mim de quando a quando, como se fosse um favor que me estavam a fazer. Hoje tinha o meu casaco de curso vestido. Não sei se foi da pressa de me pôr no c*railho de lá para fora ou se foi do frio, mas sequei-me e vesti-me num ápice. Só que depois tive que esperar pela minha mãe. Vai daí, sentei-me no banquinho do balneário, de costas para as Donas de Casa Desesperadas, com o meu "Direito" em vermelhão sangue no casaco preto do kit de curso. Ui! Que amorosas que elas estavam esta manhã! Afinal de contas, estavam a partilhar o espaço com uma futura Doutora Advogada, quiçá Juíza, ou outra coisa qualquer que lhes pareça ser de nível. Se me comprassem produtos da Oriflame, isso sim é que era de nível...

Acho que vou ter que mudar de modalidade... Em vez de "natação com aprendizagem", estou a considerar a possibilidade de me dedicar a "nadar com tubarões". Os bichitos devem ser mais agradáveis e educados que as mãezinhas dos meninas e das meninas que andam na piscina comigo. Mas isto é só uma ideia...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Doe vida, e seja feliz ^^

Acho que toda a gente já teve conhecimento da notícia que fala sobre a doença do filho do jogador Carlos Martins. O menino tem aplasia medular e precisa de um transplante de medula óssea. Esta doença rara causa a falência da medula óssea (órgão responsável pela produção do sangue), fazendo com que esta deixe de ser capaz de dar origem a novas células sanguíneas. O melhor tratamento é, então, o referido transplante.

Infelizmente, até ao momento e deste a minha maioridade, não posso realizar um sonho: ser doadora, tanto de sangue como de medula óssea. E porquê? Porque para se ser doador é necessário preencher-se determinados requisitos: ter entre 18 e 45 anos, não ser portador de nenhuma doença crónica ou autoimune, não receber uma transfusão de sangue desde 1980 e ter mais de 50 kg. Ora é precisamente neste último que eu falho. Sei bem que a sinusite e a rinite alérgica são doenças crónicas, e que tenho ambas, mas hoje em dia quem é que não tem pelo menos uma delas? Creio que só relevam se forem aquelas doenças mais graves e, que tenha conhecimento, não padeço de nenhuma. Só que falho miseravelmente no critério do peso.

Não, não é preciso assustarem-se, que não há nada de errado com a minha balança ou com a minha saúde. Por acaso até estou dentro dos limites do peso ideal, visto ter apenas 1,53 m (eu sei, sou quase uma pigmeia xD). Também sei que ter mais um quilito ou outro não me ia fazer mal algum, e já cheguei a pesar uns fantásticos 49 kg, só que por mais que tente, não consigo aumentar de peso. De qualquer maneira, não foi isso que me trouxe aqui hoje.

A questão é muito simples: há pessoas neste mundo que precisam da nossa ajuda, sejam elas quem forem, e não nos custa nada dar umas gotinhas do nosso sangue para salvar uma ou várias vidas. Podem ter a certeza que se pudesse, tinha-me inscrito para doadora de sangue e de medula óssea quando completei 18 anos, porém, por ora isso é-me impossível, e é algo que me frustra imenso. Não sei como ainda há pessoas neste terceiro calhau a contar do sol que se recusam a ajudar, todavia talvez isso seja um assunto que me está vedado à percepção. Ainda assim, este caso fez-me reflectir não só quanto à inveja, ignorância e egoísmo humanos, mas também sobre duas considerações relevantes:

1. É neste momento que nos apercebemos que o dinheiro que temos não serve para rigorosamente nada nesta vida, quando não se tem saúde e que, esse mesmo dinheiro, ainda que todo o que possa existir à face do planeta, nunca poderia comprar mais uma horinha que fosse de vida. Daí que não entendo a razão de tanta estupidez e maldade no mundo.

2. É preciso ser um filho de um jogador de futebol ter uma doenças destas para se multiplicarem e remultipilicarem as ajudas. Hoje no jornal da hora de almoço disseram que, em contraste com as cerca de 10 pessoas que entram no Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea em Lisboa todos os dias, ontem aparecerem (acho) 260 pessoas para darem o nome para as listas nacionais de dadores de medula óssea. O que me leva a concluir que vivo num país de gente pequenina, bem mais pequenina que os meus enormes 1,53m. Espero de todo o coração que o Gustavo se salve, mas tal como ele, também desejo de todo o mesmo coração que todas as restantes crianças e adultos do mundo consigam encontrar um doador compatível para também eles se salvarem. Se fosse o Zé ou a Maria da rua ao lado, ninguém queria saber, mas como é um filho de alguém conhecido, já toda a gente ajuda, e isso é que é a verdadeira miséria humana: não a doença do menino, que já por si só deve estar a causar um grande estrago e dor na vida da sua família, mas a imbecilidade que afectou a raça humana e que esta sim, é uma verdadeira doença sem cura.

Como já disse, espero que o Gustavo se cure. Não deve haver maior agonia para um pai ou uma mãe ver o seu filho definhar. Tanto seja ele filho de um jogador de futebol, como de um operário fabril. E sempre que puderem, não hesitem: ajudem. Podem estar a salvar uma vida. Ou mais que uma.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tens uma lata do c*railho...!

Na semana passada fui aos serviços sociais aqui da Universidade, para perguntar sobre determinados papéis que aparentemente não faltavam na minha candidatura à bolsa, mas que só por acaso... até que nem estavam lá, tal como eu digo aqui.

Entretanto, lembrei-me, lá pelo meio dos atrofianços da mulher (em que me perguntou se eu tinha lido bem o e-mail que os serviços mandaram, porque na terra dela, aparentemente, completar a bolsa e revalidar a bolsa são coisas iguais...), que o B.I. até que tinha caducado na semana anterior. Como já tinha na minha posse o meu novinho em folha C.U., perguntei: "eu sei que talvez não é da sua competência, mas o meu B.I. caducou e já tenho o meu C.U. e queria saber o que tenho que fazer e onde tenho que entregar algum documento para o efeito...".

Primeiro, a mulher ficou a olhar para mim, com cara de tansa. Depois disse-me que bastava tirar uma cópia do referido documento de identificação, e que devia entregar lá e especialmente nos serviços académicos, que nesse segundo sítio é que era realmente importante levar a cópia, nos serviços sociais nem por isso... (Claro... até porque para receber bolsa nem tenho que ter os papéis todos actualizados nem nada! Santa incompetência...).

Após isto, a senhora disse que "tinha que ir lá dentro", e é então que a Night aqui tem a melhor ideia de sempre, aliada à maior lata da história dos serviços da universidade... "Olhe, já que vai lá dentro, não se importa de me tirar uma cópia do C.U.?! É que assim já fica e escuso de cá voltar de propósito por causa de um papel...". Ora chupa!! A mulherzita ficou mais uma vez a fitar-me tipo parva, replicando ao fim de uma pausa de segundos que a ela lhe devem ter parecido horas, que ia ver se a máquina estava a funcionar (claro que o que ela quis dizer foi "vai-te f*der fedelha da m*rda", mas como talvez não queria perder o emprego, calou-se e foi tirar o raio da cópia aqui para moi).

Eu ainda pensei em pedir-lhe que, já que ia lá dentro, podia tirar duas cópias até, que assim não tinha trabalho a ir a uma reprografia fazê-lo e andar de trás para a frente, quando podia ir direitinha aos serviços sociais e já estava. Mas se calhar até que era abusar de mais... talvez. Deste modo, deixei a coisa por simples, e depois pedi à dita funcionária para adicionar o papel no meu processo, já que ela o tinha ido buscar aos quintos do c*railho dos arquivos, depois de ter resmungado que passava a vida de um lado para o outro para procurar processos de alunos... Sim, que já se sabe como é a maioria dos funcionários públicos: quando menos fazem, menos querem fazer.

Já nos serviços académicos, entrei mesmo à patron, nem tirei ficha, passei à frente de toda a gente, que não ia estar com muita merda por causa de uma cópia. Nem sequer esperei que alguma das funcionárias estivesse vaga para me atender. Cheguei lá, à primeira tipa que encontrei e deu o coiso, sem prestar atenção à moça que estava a ser atendida.

Aprendam comigo: não liguem puto aos outros e sejam os maiores da vossa aldeia. Compensa xD