segunda-feira, 30 de março de 2015

Tontices e minhoquices


Pessoas, voltei.

E com coisas para vos contar. Quando fico por Braga aos fins-de-semana, eu e o Moço arranjamos sempre alguma actividade específica par fazer, especialmente agora que parece que o bom tempo veio para ficar. Na outra semana que cá estivemos fomos ao AONIME, e desta vez aproveitamos para dar "um saltinho" ao centro para mais uma feirinha de usados, vulgo, comprar livrinhos em segunda mão ^^

Pelo caminho encontramos uma outra feirinha, de usados e de artesanato, que nem sabíamos que ia acontecer. Obviamente, paramos numa banquinha de doçaria, e compramos um potinho de doce de laranja e maçã (que é muito bom, já agora!).


Chegados à feirinha de antiguidades e velharias, que se realiza na Rua do Castelo e arcadas aos 4.º e 5.º sábado de cada mês, a qual era o nosso destino inicial, atacamos os itens que sempre nos levam lá: os livros. Muitas são as vezes em que farejamos e farejamos as bancas de livros de uma ponta à outra, mas não encontramos nada do nosso agrado e voltamos para casa de mãos vazias e de trombas (no meu caso). No entanto, das duas últimas vezes que lá fomos, trouxemos algumas "preciosidades", como a edição antiga da Europa-América de O Regresso do Rei da trilogia de O Senhor dos Anéis de Tolkien, que o Moço andava à procura há imenso tempo, por apenas €5, ou os dois primeiros volumes da saga Batalha no Espaço, que são também os primeiros dois volumes da colecção FC, e que surgiram a partir da mundialmente conhecida série televisiva dos anos '70, Battlestar Galactica. E consegui comprar um livro de Direito (mais ou menos recente), sobre Informática! É o primeiro livro "de trabalho" que compro, para além dos códigos =P


Depois fomos passear pela cidade, para aproveitar o sol ^^ Braga tem espaços bastante agradáveis e edifícios muito bonitos que,  infelizmente, se vêm degradando com os anos. Já se vêem pessoas na rua, muitos miúdos a correr de um lado para o outro, e as abelhas a fazer "o seu trabalho" =P







Alguns dos livros adquiridos nas últimas visitas à feira de usados:

(da esquerda para a direita, de cima para baixo)

Farpas Escolhidas, de Ramalho Ortigão (uma selecção de Rodrigues Cavalheiro de alguns textos que compõem os 18 volumes de As Farpas, escritas, numa primeira fase, em parceria com Eça de Queirós)
101 Perguntas e Respostas de Direito da Internet e da Informática, de Ana Margarida Marques, Mafalda Anjos e Sónia Queiróz
- Batalha no Espaço vols. 1 e 2: A Estrela-de-Batalha e A Armadilha Mortal, de Glen A. Larson e Robert Thruston
Mulherzinhas, de Louisa May Alcott
O Planeta dos Macados, de Pierre Boulle



E claro... eu a agarrar-me aos meus novos livrinhos =)





Já em casa, depois de muita insistência do Moço, fiz um bolo novo para nos lambuzarmos todos: bolo mármore de chocolate e laranja, cuja receita já não sei onde fui buscar - mas podem encontrar uma das mil e uma variantes numa pesquisa rápida na internet. O resultado foi este:


Claro que, no dia seguinte, fomos queimar as banhas. Ontem, pela primeira vez na minha vida vesti umas leggings. Foi o acontecimento histórico da década, anotem por aí algures. Eu, que nunca pensei vestir tal coisa na vida... lá fui para o parque aqui ao lado "dar uns salinhos". Mas vá, tenho desculpa porque eram para fazer desporto, e a malha era daquela mais grossas que não deixa ver para dentro. Foi em prol da saúde, valha-nos isso =P Consegui correr uma pista e utilizar algumas das máquinas que se encontram espalhadas pelo parque... porque as outras eram de tamanho "para adultos".

Agora é a vossa vez de avançarem as vossas novidades ^^

terça-feira, 17 de março de 2015

Porque desmaiar com estilo é uma arte

Sou pessoa de passar a vida a tropeçar nos paralelos da rua, nos móveis, nos sapatos perdidos no meio do corredor e até nos próprios pés. Escorrego no chão de madeira, nas escadas e na banheira. Mas felizmente, é muito raro cair (a minha carteira agradece, que partir dentes e óculos está fora do Orçamento de Estado da Pseudo-República da Minha Casa). Cair é coisa corriqueira, acto que qualquer moçoila executa com relativa frequência. Desmaiar é coisa de diva. Só desmaiei uma vez na vida, mas acredito que tenha valido por dez.


Véspera de passagem de ano, 2012

Depois de jantar e de preparar a mala para, no dia seguinte, voltar a Braga, para ir trabalhar e passar o Reveillón com o Moço, estive a fazer tempo ao computador até chegar a hora do alegre soninho. De repente, assim completamente do nada, senti uma vontade absurda de vomitar (e eu que nem sou "dessas coisas"). Nem tive tempo de chegar à casinha e aqui terminam as minhas descrições extremamente gráficas. Tentei comer qualquer coisa para compensar o que "lá fora", mas o meu corpo repelia, por todos os lados (não me façam explicar), tudo o que ingeria. E nisto a minha mãe solta o alarme: "Tens que ir ao hospital levar soro. Isso deve ser uma gastroenterite". Naquele instante, acho que fiquei curada, mas infelizmente esse estado de plenitude não durou muito tempo. Enquanto imagens de agulhas a virem na minha direcção me deixavam mais desidratada do que já estava, ouvia o meu pai rugir que eu era uma gulosa e que tinha sido a minha alarvice de comer tudo o que vira no natal me tinha deixado naquele estado, completando que no dia seguinte não ia a lado nenhum, que quem mandava era ele e que o trabalho pendente e a passagem de ano com o Moço "já eram", sem possibilidade de negociação. Eu com uma gastroenterite e ele preocupado com o "seu poder". Cada um com as suas prioridades (viram a referência lá em cima sobre a pseudo-républica?!).

Chegados ao hospital, eu e a minha mãe fomos ao check in, enquanto o meu pai foi estacionar o carro. Enquanto ela falava com a senhora administrativa, carregando as carteiras das duas, eu limitei-me a encostar o corpo ao balcão e a cabeça ao vidro que separa os intervenientes. De repente, deixei de ver, graças à fraqueza que a gastroenterite tão prontamente me proporcionou. O meu pensamento seguinte foi: vou estatelar-me no chão.

Cair em slow motion faz toda a diferença. Mesmo antes de desmaiar, ainda disse à minha mãe "acho que vou cair...", enquanto, contou-me ela depois, já estava eminentemente em cima dela. A última coisa que me lembro é da administrativa a bater com um porta-chaves no vidro, e eu, com as minhas funções cerebrais (de qualidade duvidosa) ainda em funcionamento, pensei: "Eu aqui quase a desfalecer e a burra a bater-me no vidro?! Deve pensar que assim 'acordo' mais depressa...". Posteriormente, vim a saber, também pela minha mãe, que o repique no vidro era para os dois bombeiros que estavam ao meu lado e que não repararam em nada, já ela estava como cristo, de braços abertos, com as carteiras das duas e a filha "apagada" estilo saco de batatas em cima. Foi preciso o porteiro, a metros de distância, vir a correr para ajudá-la.

Entretanto comecei a ouvir sons e, quase ao mesmo tempo, a sentir as orelhas quentes. Foi a primeira coisa que senti de forma física. Nesse instante, lembrei-me de uma amiga dizer que esses são os primeiros "sintomas" pós-desmaio. A minha função cerebral é um espanto. Depois pensei: daqui a nada já consigo ver, enquanto constatava que me encontrava em movimento e com a boca seca (quando o porteiro me colocou na cadeira de rodas de emergência que têm na entrada, devo ter aberto a boca e ninguém teve o cuidado de ma fechar... --'). O que é que fiz quando "voltei totalmente a mim" já no corredor das urgências? Comecei-me a rir, tentando imaginar as figuras tristes que tinha feito. Estava quase curada, "portantos", mas não me safei do soro. A maneira vergonhosa como me portei frente à enfermeira de serviço não é para aqui chamada, mas tenho que dizer que a senhora foi muito paciente comigo (já deve estar habituada aos "clientes" com pânico de agulhas, suponho). Enquanto isto, o meu pai permanecia na sala de espera, onde reapareci com fénix albina renascida das cinzas, com soro no bucho e a receita algures perdida na carteira tamanho XL da minha mãe. A sua primeira pergunta foi, muito carinhosamente: "Pagaste as taxas moderadoras?!" (A resposta negativa, porque nessa altura ele não tinha deixado passar o prazo de renovação da isenção, acalmou-lhe o coração sobressaltado. Se ele tivesse assistido ao show que dei gratuitamente, teria cobrado bilhetes para compensar o valor da gasolina gasta.)

Meados de Março de 2015

Não voltei a repetir a proeza.

segunda-feira, 16 de março de 2015

AONIME 2015 ^^

No último sábado, eu e o Moço fomos à primeira edição do AONIME, um evento de cultura japonesa que decorreu aqui mesmo em Braga, organizada em parceria pelos alunos da Escola Profissional de Braga e a loja Altercos daqui da cidade. Se não me engano, houve já dois eventos anteriores realizados pelos alunos dessa instituição de ensino, nas suas instalações, mas aos quais não consegui ir. Nesta edição, já com o apoio da Câmara Municipal, as actividades decorreram no Parque de Exposições da cidade e, por isso, num local muito mais central, e cuja entrada custava uns simbólicos €2. Não é todos os dias que temos eventos destes cá pelo nuorte, por isso, tivemos de dar uma espreitadela =)

Alguns trabalhos de papercraft (construção de objectos tridimensionais em papel)
pela Kokoro Papercraft (podem visitar a página de Facebook aqui).

Só pudemos ir de tarde, mas daquilo que vi, gostei bastante. Notou-se que a organização se esforçou para que o evento corresse bem, tendo em conta que era a sua primeira edição naquele espaço. A afluência foi positiva no meu ponto de vista, não esperava tanta aderência do público em geral, e dos cosplayers em especial. Desta vez fui "de mim mesma" porque não consegui fazer nenhum fato assim de um momento para o outro, e não queria repetir nenhum dos que levei à Comic Con (manias! =P ). O espaço disponibilizado não era muito grande, mas estava relativamente bem distribuído entre bancas, torneios de jogos, workshops e karaoke. Infelizmente, a acústica não era a melhor, uma vez que era quase impossível ouvir os workshops, e eu até queria ter assistido ao de cosplay. Por acaso, estivemos a falar com um senhor da organização, e ele disse que seria um aspecto a melhorar para o ano. Acredito que, uma vez que o evento se realizava naquele local pela primeira vez, não estivessem a contar com algumas contrariedades, insonorização incluída. Mas acredito também que para o ano farão mais e melhor.


Levei uma pancada vergonhosa no Street Fighter. Não me atrevi a jogar mais coisa nenhuma, uma vez que sou claramente uma nódoa. Se bem que posso sempre culpar o comando por ter demasiados botões =P Também não joguei Magic porque notava-se que os moços que lá estavam sabiam o que estavam a fazer e eu sou uma pequena iniciada. Andei de banca em banca, à procura de uma pequena recordação que me fizesse apaixonar loucamente à primeira vista, mas nestas coisas não tenho grande sorte. Eu encontro sempre coisas fabulásticas, mas que são sempre para o Moço - ele comprou duas versões diferentes do One Ring de O Senhor dos Anéis, a original em dourado e uma "alternativa" em preto, mas não havia o meu número. Sniff.

(À esquerda), Arno (Joana Ferreira) do jogo Assassin's Creed Unity (o meu cosplay favorito ^^);
(à direita) Zelda (Inês Silva), do jogo com o mesmo nome, com o emplastro do meu afilhado.

Sem dúvida que a minha parte favorita foi o concurso de cosplay. Notava-se que alguns concorrentes eram "veteranos" pelo seu à vontade, mas fiquei muito contente por ver pessoal a dar os seus primeiros passos nesta arte. Tive pena que não houvesse um palco propriamente dito para os cosplayers fazerem as suas actuações, até porque teria tido um impacto estético muito melhor. Igualmente, poderia ter sido aproveitado para a apresentação do Kendo Club de Braga, que eu gostei muito de ver no evento.

Foto final de todos os concorrente do AONIME Cosplay Masters.

Espero que para o ano haja mais. Se houver, estou lá! (Excepto se os exames de agregação da OA não me deixarem ^^ ).



P.S.: Aos intervenientes, se escrevi alguma aselhice, por favor digam, para eu poder corrigir ^^

sexta-feira, 13 de março de 2015

Naming with love ^^

Adoro animais. Se pudesse, tinha um jardim zoológico em casa. No entanto, por motivos alheios à minha vontade, só tive tartarugas de estimação - já tenho a minha Ozzy há uns anitos, não consigo dizer com certeza há quantos =P Está grande e tola, como sempre, e agora que está a "acordar" aos poucos do seu longo sono de hibernação, já voltou às macacadas do costume. Infelizmente, só estou com ela de vez em quando, quando vou a casa.

Sou daquelas pessoas que acha que os animais de estimação têm que ser bem tratados. Afinal, são parte da família, estão lá em todos os momentos, e vivem (especialmente os cães) incondicionalmente para os donos. Sim, eles são capazes de sentir, e mais e melhor que muitos humanos. E merecem nomes decentes =P

A minha bicharoca chama-se, como disse, apenas Ozzy. Já está "velha" para mudanças. Mas em conversação com o Moço, decidimos que um nome composto soa muito melhor, quase a maneirismos de burguesia. E então uma conjugação de três nomes, isso sim é que é pomposo. Como as pessoas, "portantos". Por isso, quando tivermos o nosso gatinho, ele não se vai chamar apenas Faneca (não há nome melhor para um gato, ora digam lá...!) - vai chamar-se Faneca Gnar Arbuckle*, ou qualquer coisa do género. O nosso cão não se chamará simplesmente Bagunças - vai ser o Bagunças Yorick Black*, por exemplo. Decididamente, se tivermos um corvo, não aceito outro nome que não Bran(don) Diaval Poe*.

Já sei... bato mal da pinha. Mas se é para os meus pequenos peludinhos terem um nome, que seja um com significado e que nos seja querido. Bem sei que todos os nomes têm, necessariamente, um significado linguístico (e que muitos pais não sabem dar nome aos filhos...) mas, da nossa parte, nada mais é do que uma manifestação de carinho pela criaturinha ou criaturinhas que vamos acolher ^^

E vocês, têm animais? E já agora, com que nomes os presentearam?! "Acheguem-se" e contem lá tudo!




*Gnar é um personagem de League of Legends que parece um felino pré-histórico.
   Arbucke é o apelido do dono do Garfield.
   Black vem do personagem Sirius Black de Harry Potter.
   Yorick é o nome de um dos ursos blindados da trilogia His Dark Materals de Philip Pullman.
   Bran significa corvo em Gaélico. (Brandon continua a ter o prefixo escolhido).
   Diaval é o nome do fiel corvo da Maleficent.
   Poe vem de... Edgar Allan Poe, muito obviamente.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Porque aroma a brisa marítima e lavanda é demasiado out

Sabem quando alguém compra um presente que não é do agrado de quem o recebe, e depois o dito anda de mão em mão até haver uma alminha que fique com ele? Foi precisamente por essas "vias travessas", que um certo e determinado perfume me veio cair no colo, salvo seja. Estou a falar, nem mais nem menos, do perfume Fame da Lady Gaga. E se pensam que é água rasca vendida a €10 na feira mais próxima, considerem-se enganados. Alguém gastou uma pipa de massa para ver a sua rica prenda a saltitar de mão em mão. Até chegar aqui à je.

Antes que pensem que este é um post "de gaja", continuem a ler. No final, vão estar mais inclinados para o classificar como post "de gajo" xD

A primeira coisa que fiz foi cheirar o produto. Percebi logo o porquê de me ter vindo parar às manápulas. Não é coisa que se goste à primeira snifadela. Digamos, em tom de eufemismo, que é um gosto adquirido. Uma esguichadela bastou para o aroma se propagar pela casa... é daqueles que se entranha. Todavia, consegui, quase por mero acaso, descobrir um óptimo uso para o perfume: depois do ataque biológico proporcionado pelo Moço na casa-de-banho mais próxima, sem outra alternativa visto que não tinha ambientador e que ainda segurava o frasco no momento crítico em questão, a minha reacção instintiva vou polvilhar o a lufada de ar viciado com o Fame.

Pessoas, fiquem consciencializadas: aquilo realmente resulta.

Em segundos, o ataque biológico foi neutralizado. Não estou a brincar. Alguém devia fazer um ensaio científico sobre o assunto. E esqueçam a brisa marítima, os citrinos e as flores. Agora, o nosso ambientador é Fame by Lady Gaga. Muito in, portant's. Podem mandar vir mais destes.

sexta-feira, 6 de março de 2015

A "Besta" #5 - É favor correr para o bote salva-vidas mais próximo

Desde ontem que estou siderada graças ao último e-mail que recebi da Escola de Direito.
Finalmente marcaram-me as provas para defesa da "Besta".

Tenho sentimentos misto neste momento. Se por um lado acho que "já não era sem tempo", uma vez que a data inicial da defesa era 02 de Fevereiro, agora estou em sobressalto porque já tenho dia marcado para marchar rumo ao cadafalso. Nós, humanos, nunca estamos felizes com a vida que temos.

Mas algum dia teria que ser, e já falta pouco para esta via sacra de estudo, folhas por todo o lado, puxar pela mona e rezar a todos os anjinhos que os prazos fossem cumpridos (da minha parte, pois claro), então que seja. E se for para me esbardalhar ao cumprido, ao mesmo que seja de um forma triunfante.

Considero mudar a referência à minha leitura actual que se encontra à margem... E eu que ponderei a hipótese de, depois do meu querido Eça, ler uma comédia satírica do Christopher Moore... bem, envolve cordeiros, aqueles fofos desgraçadinhos comummente conhecidos nos ritualismos sacrificiais como a oferenda solenemente entregue a um futuro de estraçalhanço. Parece fazer pandan com o cadafalso, afinal...

Já não me posso é queixar que não me deram tempo para preparar a Besta (não sei se me consigo preparar a mim mesma). Se da última vez foram 10 dias, agora é um mês e meio, mais o que os regularmente estabelecidos 30 dias. Sei que, à primeira vista, parece muito tempo, mas considerando uns segundos de cogitação intensa daquelas que são como os comentas - só passam de 7329 em 7329 anos - isso não é lá grande coisa. Entre o estágio, as viagens a casa, o bendito do quarto eternamente por arrumar e alguns momentos de lazer que também são necessários, mês e meio não chega a nada. Lá para os finais de Abril, e já não Março como se previra, talvez recebam a notícia que fui desta para outra melhor.

Bem, vou para ali, para um canto escuro e sombrio qualquer, ler a bestinha em versão digital. E talvez falecer por cinco minutos.
Ao menos já tenho Elán para ouvir enquanto faço ambas as coisas.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Vem cá doida agulha...

Não são só azarices que me acontecem. As coisas estúpidas também têm a sua parte.

Há uns tempos comprei um casaco - nada de fantástico... exceptuando o facto de que esta peça fazia parte da colecção de criança e tem escrito na etiqueta, "158 cm - 13 years". É quentinho e tem um corte meio colegial, meio militar, com imensos botões, daqueles que parecem ter um brasão impresso no metal. E é aí que reside o meu "problema": os botões estão sempre a cair.

Não importa de que maneiras eu coza aqueles benditos botões, ou com que marca de linha use. Passado uns dias, ouço um tilintar de metal na rua, e já sei que, quando chegar a casa, tenho trabalho de Menina Alice à espera. Acho sinceramente que o problema está no corte dos botões, que não deve ser sido bem feito, e que poderá ser alguma aresta viva no buraquito por onde passa a linha, e que acaba, inevitavelmente por rompe-la sempre (diz a minha mãe que é muito sabedora nestas artes, ao contrário da filha que, efectivamente, só sabe coser botões). Por isso não, a culpa não é da Nightwisha Maria costureira, que termina a lide com os dedinhos mais picados do que um diabético. Não há vez nenhuma que não me esburaque, qual queijo suíço, a coser botões, estes ou quaisquer outros. Sou um desastre prestes a acontecer com um estojo de costura na mão.

Preciso de uma varinha mágica que cosa botões com um simples abalar luminescente. Afinal, a Fada Madrinha puffou (do verbo to puff, brevemente "algures" num priberam mais próximo) um vestido inteiro para a remelenta da Cinderella, e eu só quero fazer dançar umas linhinhas. Alguém sabe onde se compra tamanha iguaria magical?!

Mas vá, ao menos é uma desgraça que dá para rir. Vou ali comer um chausson de maçã ^^

terça-feira, 3 de março de 2015

Cake will bring world peace

Preciso de quantidades insanas de açúcar no sangue.

Digam o que disserem, nos maus momentos, um docinho cai sempre bem. Não vai fazer o problema desaparecer, e pode nem ajudar a solucioná-lo, mas pelo menos faz-nos as pessoas mais felizes no universo durante os minutos que o seu sabor durar na nossa boca.

Já devia ter percebido que, tendo em conta o resultado (vergonhoso da minha parte) da partida de Monopoly de hoje à hora de almoço, que a coisa não podia melhorar da parte da tarde. Não melhorou, pois claro. Tem-me acontecido cada uma nos últimos tempos, que só me faz pensar que "joguei pedra na cruz"...

Mas ao menos aquela última fatia de bolo de chocolate super calórico não vai fugir do frigorífico até eu lhe deitar a unha, ou o dente, vá. Ou pelo menos assim o espero. Há coisas levadas da breca, por isso mais vale não falar muito... o Moço anda por aí. Pode lá chegar primeiro que eu!

Acho é desta que esvazio o stock de doces da casa. E acreditem, tenho mais doçaria aqui que a fábrica de chocolate do Willy Wonka. Mas que se lixe. Doces e pensar o quão feliz fui na Comic Con fazem-se sorrir, mesmo nos piores momentos. Posso ficar um pote, mas fico um pote "mais forte". E há sempre personagens mais rechonchodinhas para fazer cosplay anyway.

Sim, no fim lavo os dentes.

domingo, 1 de março de 2015

Resistir

Não foi desta que se viram livres de mim.

Infelizmente, mais por motivos pessoais (os outros motivos também não ajudam, mas não são os "piores"), não tenho tido tempo, paciência ou até vontade de vir deitar as orelhas de fora por estes lados. Há alturas em que simplesmente queremos estar desligados de tudo e todos, para assentar ideias, dormir sobre os problemas, ou simplesmente dar-nos uma folga do mundo. Só não dá mesmo é para deixar de trabalhar, o que, de certa forma, nos esvazia a mente de quaisquer problemas e que ficam na porta do escritório.

No entanto, não deixo de lembrar aquilo que, há uns tempos, e pelos mesmos motivos a Ice Queen (you've been missed!) publicou antes da sua própria sabática: resiliência.

Apesar de todos os problemas, sejam eles quais forem, continuo todos os dias a levantar-me para trabalhar mais do que a conta e dos agradecimentos devidos e não devolvidos. Continuo a aturar as loucuras de pessoas, familiares incluídos, e ter que ser a única pessoa com alguma coisa que funcione entre as orelhas. Continuo a ter a cargo das minhas costas a subsistência emocional de um lar e de uma família, que o deixou de ser há muito tempo. Continuo a fazer a minha vida, apesar das noites mal dormidas, do cansaço, da loiça por lavar e do quarto por arrumar. Mas é para ser mesmo assim. É como o nosso lema de praxe: resistir é vencer.