quinta-feira, 25 de maio de 2017

Comic Con Pt 2016

Para comemorar o Geek Pride Day, celebrado a 25 de Maio, aqui fica o post pelo qual têm desesperadamente esperado: a reportagem mais ou menos profissional da edição da CCPT2016!!

O grande mote das diversas edições da Comic Con Portugal é o já conhecido Be Whatever You Want. Mas acho muito sinceramente que esta terceira edição, mais uma vez realizada na linda cidade do Porto, deveria ter como mote Be Nostalgic.


Como devem ter reparado neste post, a viagem ao mundo geek já estava marcada e havia uma pequena Nightwisha Maria muito empolgada, pronta para rumar à aventura. Apesar dos grandes planos para quatro novos cosplays, consegui terminar apenas dois, o que, tendo em conta o tempo disponível e a minha doideira, foi uma conquista. Para esta edição conseguimos ficar na casa de um casal amigo (cujo espaço na Comic Con foi um verdadeiro sucesso!), o que fez com que conseguíssemos tirar maior e melhor partido do evento sem termos que correr para apanhar transportes.

Como prometido, aqui fica a pseudo reportagem da Nightwisha Maria da Comic Con Pt 2016. Demorou, mas veio!! Preparados para mais um post testamental? =P


Dia 1 - One quarter Sayajin

Por onde começar... As expectativas estavam muito altas e a vontade de viver alheada do mundo normal durante quatro dias foi incrivelmente avassaladora. Este primeiro dia serviu para perceber de que forma o espaço estava organizado e preparar as nossas andanças para todo o evento. Como foi um dos dias com menos gente, deu para ver tudo assim por alto, mas com calma, e rever imenso pessoal.

Logo nesse primeiro dia notamos que a Con estava "mais pequena". Havia menos expositores/ lojas e bem mais espaço entre cada uma das suas bancas. O "espaço excedente" no pavilhão das lojas foi utilizado para albergar o Artist's Alley que contava, igualmente, com menos artistas.


Neste dia decidi reutilizar o cosplay da Pan, para entrar na nova onda de Dragon Ball. Não tirei muitas fotografias, mas as pessoas que me abordaram ou que eu abordei foram super simpáticas, incluindo o Son Goku sayajin de nível 4 espanhol, e até me chegaram a pedir um kamehameha ^^ Já o Moço foi com uma versão casual do Capitão Kyōraku Shunsui do anime Bleach.

(À esquerda) Parece que a Pan invocou o dragão errado... (À direita) Shunsui, o
jeitoso a quem nem um (uma) dragão (dragoa) resiste.

Claro que o dia não estaria completo sem que passássemos na banca da Saída de Emergência. O Moço sugeriu que fossemos lá logo no primeiro dia, visto que em anos anteriores, não conseguimos encontrar o que queríamos porque os livros com bons descontos desapareceram como o fumo. Fui então presenteada pelo Moço, como é já tradição, com dois livrinhos novos: Flashfoward, de Robert J. Sawyer e As Fabulosas Aventuras de Solomon Kane, de Robert E. Howard, e ainda trouxemos alguns pins da SdE para a nossa colecção =)


Dia 2 - Because I'm Abby Sciuto and I know things

Este foi o dia das compras. Sim, este ano fizemos compras! (As da SdE não contam, porque são tradição). Compramos arte. Tal como na quinta-feria, este dia foi bastante calmo em termos de quantidades de povo a circular. Deu perfeitamente para, agora que já tínhamos visto tudo de uma forma geral, parar nos locais onde desejávamos "perder" algum tempo. Sem dúvida que, para mim, esta edição da Comic Con foi devotada, pela minha pessoa, aos artistas.

Para além de reencontrarmos as meninas do Encanto das Fadas, o pessoal do Pixelart, a Sora e a Kika, conseguimos realmente apreciar e conversar com muitos outros artista e artesãos que se encontravam no evento. Tenho-me apercebido que estes são os elementos da Comic Con aos quais é dado menos "tempo de antena" ou até nenhum crédito, o que, especialmente depois desta edição, considero um erro muito grave.

A oferta de arte era enorme e eu, basicamente, queria levar tudo. Acabei por encomendar um anel da Luna de Sailor Moon à menina do Jewels don't Shine, que é super divertida e me deixou a babar pelas Polly Pockets em prata que tinha expostas. Não foi desta mas, mais cedo ou mais tarde, uma delas vai comigo para casa, não duvidem ^^ O Moço comprou a BD da Sora, R.E.D. (que já está na minha to-read list) e eu encomendei-lhe um desenho de um dos meus pokemons favoritos, o pequeno e fofinho Eevee. Também tentamos ganhar o quadro do Link (Legend of Zelda) que os Nerdbeads estavam a rifar... mas não tivemos sorte =P

Capa do manga R.E.D., retirado da página do Deviantart da autora; banca
da Bohemian Weasel, retirada da página de Facebook da artista.

Umas bancas ao lado da Sora e da Kika, estava a Bohemian Weasel, onde a artista Soni e a sua mãe, a primeira inglesa e a segunda portuguesa, nos deixaram deslumbrados. Tanto eu como o Moço compramos vários prints das ilustrações disponíveis (porque muita coisa já tinha esgotado, incluindo uma do meu adorado Edgar Alan Poe). As composições inspiradas em Lord of the Rings e as versões originais e mais obscuras de diversos fairy tales deixaram-nos rendidos. Um dia próximo, o Covil terá um grande quadro com as diversas ilustrações da Soni ^^

No que ao cosplay diz respeito, voltei a usa o fato de Abby Scuito, mas com algumas alterações. Como a personagem é fértil em guarda-roupa e penteados, mantive apenas aquilo que seria essencial para que fosse reconhecível. E foi, pois claro =) O Moço é que foi confundido (às vezes de propósito =P) com um certo treinador de pokemon. Apenas os mais atentos detentores de mentes pouco recomendáveis conseguiriam chegar até ao Kintaro Oe de Golden Boy.


Em cima, com os Nazgûl de LotR e a jogar "peixinhos" (Free that Fish)
Em baixo, com uma menina super simpática que eu desconheço, sorry!; "Kintaroeseption" no stand da
Jewels don't Shine; Os fantasmas de casa Ravenclaw: Helena Ravenclaw e Moaning Myrtle.


Dia 3 - Come to the dark side

Terceiro dia de Con e aquele que se esperava ser o caos de povo. Obviamente, estávamos certos. Sábado é, por excelência, o dia com mais pessoas e com mais actividades chamativas do grande público, incluindo o concurso do Heróis do Cosplay.

A maior parte do tempo foi passada na parte menos claustrofóbica do evento, ou seja, longe das bancas das lojas de merchandise. Ficámos então no pavilhão onde estavam os videojogos, a 501th Legion Portugal e a Cosplayer, que mais uma vez disponibilizou vestiários para os cosplayers que quisessem mudar de roupa no recinto, o seu canto lounge e a SOS Cosplay para quem necessitasse de reparar qualquer coisa no seu fato. Mesmo ao lado estava ainda a Corte do Norte, mais uma vez convidada pela organização da Comic Con, com um espaço dedicado ao steampunk. O pessoal é bastante simpático e organizou actividades para entreter os visitantes. No mesmo espaço encontrava-se também a Skypirate Criations, com as suas obras de arte (sim, arte!), também ligadas ao género steampunk, que vão desde bijutarias e assessórios, a roupa e armaduras! Eles foram, sem dúvida, um sucesso no evento, com toda a gente a querer fotografá-lo e até a entrevistá-los!

Este foi também o dia escolhido para usar o único fato que consegui costurar sozinha. Foi assim uma ideia que se me passou pela cabeça e acho que resultou super bem. Já era do vosso conhecimento que eu queria fazer cosplay de Leia, e esse era realmente um dos fatos que eu estava a preparar, mas aquilo estava a correr tão mal que abandonei (apenas por algum tempo) o projecto e concentrei-me na sua versão sith. Assim, aqui fica a "minha interpretação" de como a Leia poderia ter sido se se tivesse passado para o lado negro da força e enchido a pança de bolachas.

À esquerda e ao centro, fotos gentilmente cedidas pela Cosplayer; à direita, com o maninho Luke.

À esquerda, com a gueixa steampunk (Skypirate Criations) e o personagem Kylo Ren.

À esquerda, o Moço, a fazer javardices com o Império (501th Legion); à direita, com o pessoal da Slypirate Criations.

Dei-lhe o nome de Darth Nyst, de acordo com a teoria de que o nome do Darth Vader vem, não da palavra holandesa para "pai", mas sim de "invader" e que o Darth Sidious vem de "insidious". Vi esta teoria num dos milhentos fórum de fãs e, confesso, é bem mais interessante. A minha Leia é uma antagonista da personagem original, daí Nyst ("antagonist" com "y").

Mas o Moço não ficou nada atrás... antes pelo contrário. Ele foi o muito bravo e livre William Wallace do filme Braveheart. Os mais novos poderão não fazer a mínima ideia do que eu estou a dizer, mas ainda assim, recomendo-lhes que vejam, e aos mais velhos que revejam, esse fantástico filme sobre a força e a vontade de um povo que apenas queria ser livre. Aviso já que os efeitos especiais "são mentira", mas o que interessa, neste caso, é mesmo a história (e a História) que nos conta.

E foi nestes lindos trajos, maravilhosamente construídos pela Sílvia da Skypirate Criations, que o Moço fez as honras da casa a apresentar, mais uma vez, o concurso Heróis do Cosplay. Este ano voltei a não tirar fotos, porque nem a máquina nem a fotógrafa são grande coisa, e há sempre imensos profissionais bem melhores que eu a cobrir a actividade. Fica ainda o vídeo da Mind Bizarre relativamente ao evento, onde aparecemos com os cosplays de sábado. Ela e o seu Moço foram óptima companhia (e também me fizeram delirar pelo relógio de controlo do BB8 ^^ ).

O Moço e a vencedora do concurso Heróis do Cosplay, a Lúzia Gomes (Alnilna Luzia).

Bem bem no final do dia, e muito cansados, ainda fomos a um shopping qualquer jantar porcarias. Podemos dizer que teve a sua piada ver toda a gente na zona da restauração a olhar para nós, pasmados, como se tivéssemos saído de Arkham, mas houve um senhor no elevador que reconheceu a minha personagem, apesar do dark twist! A força também come fast food, quando a necessidade aperta.


Dia 4 - Slytherin Pride

Bem cedinho de manhã, enquanto vestia o último cosplay do evento, dei conta que o sonho estava a acabar. Mas a tristeza deu lugar à alegria mais uma vez quando me vi imersa naquele mundo novamente. Aquele seria o dia para passear e dizer um último adeus a pessoas e bancas fantásticas, para descontrair antes de voltar para o mundo real e para ver o primeiro painel de sempre em todas as Comic Cons que já aconteceram no nosso pais. Sim, eu fui ver uma painel!

Fizemos mais algumas compras, até porque o recinto não estava apinhado como no dia anterior. Comprei um stiker da Death the Endless, de quem fiz cosplay no ano passado, a uma menina super simpática e talentosa, a Mignon. Fui também buscar a encomenda que fizera à Sora e só posso dizer que o meu Eevee ficou uma verdadeira fófura (como um Eevee deve ser ^^ ). O Moço ofereceu-me um porta-chaves daqueles gatinhos asiáticos com um guizo lá dentro e um marcador de livros da minha querida Belle.

Não contava que fosse abordada para tirar fotos no domingo, pois, tanto eu como o Moço, estávamos vestidos como alunos de Hogwarts da respectiva Casa, porque havia muitos cosplays do género e porque, nos vários dias do evento, não tivemos assim tantos pedidos. Mas não é que estávamos enganados? Este foi o dia que tiramos mais fotos e que até nos pediram para fazer uma pequenas encenação de combate, para fazer parte de um vídeo escolar! Sim, estou toda babada e mortinha para ver ^^



A minha teoria é que, apesar de estarmos vestidos de alunos, o facto de sermos de Casas diferentes fez alguma diferença, porque os grupos que iam aparecendo eram mais homogéneos. Para além disso, consegui encontrar duas Bellatrix Lestrange para tirar fotos comigo... E porquê perguntam vocês, quando ela foi capaz de *spoilerapagar algumas das minhas personagens favoritas, incluindo o meu querido Sirius? Porque eu, com este cabelo de piaçaba, e tendo em conta que não há nenhuma personagem feminina com destaque nos Slytherin, só poderia ser a jovem (e solteira) Bellatrix Black. Todas as peças de roupa foram compradas, sendo que algumas são oficiais, outras não e outras ainda são peças de roupa/ calçado comuns do dia-a-dia que reutilizei. Todo o trabalho esteve nos props: o galho de uma árvore que me caiu aos pés perto do Covil que virou uma varinha, o meu livro dos Monstros Fantásticos e onde Encontrá-los, o caderno onde colei a capa do Advanced Potions Making e a maleta de madeira que dentro tinha pequenos frascos de poções (e a minha carteira, vá =P).

O Moço foi de aluno random de Gryffindor, se bem que houve quem lhe chamasse Hermione. Ou Hermínio =P Por mim, ele teria sido o jovem Sirius Black, até porque ele e a Bellatrix são primos, daí que, para mim, fazia todo o sentido. Já diz o povo: quanto mais prima, mais se lhe arrima!

Da esquerda para a direita: Bellatrix ao quadrado (com Vanessa Cardim) =P E euzinha com a Mafs de Sailor Moon^^ 

Conheci pessoalmente a Mafs do A Little Guess! Ela e a irmã fizeram cosplay de Sailor Moon e Sailor Mars, respectivamente, e posso dizer que os fatos estavam muito bons!! Elas são umas queridas e aturaram a minha panca durante um bom pedaço de tempo. Só por isso, merecem um lugar no céu!

Para finalizar o dia, fomos ver o último painel da Con e o único para o qual eu iria esperar uma fila durante umas duas horas. Antes disso, ainda consegui beber o último bubble tea do evento. Timing my friends, timing! Obviamente, o painel que queria ver era o de Remember Harry Potter, que ocorreu duas vezes durante o evento e onde não deu para assistir no sábado porque era ao mesmo tempo que o Heróis do Cosplay. Consegui ficar relativamente perto e omfg, foi tão wow! Para um não Potterhead não teria sido nada de especial, mas para mim a espera valeu. O painel contou apenas com o Jason Isaacs (Lucius Malfoy) e a Katie Leung (Cho Chang), visto que o David Bradley (Mr. Filch) cancelou cerca de uma semana antes da Comic Con. Os actores contaram histórias super interessantes, e o Jason tinha um discurso que era, ao mesmo tempo, descontraído e um pouco galhofeiro (e sarcástico), como calmo e paternalista, com óptimos conselhos para todos.

E foi assim, em grande, que a Comic Con 2016 terminou para mim. O realty check estava mesmo ao virar da esquina e eu não queria nada sair daquele espaço. Sentir o frio da noite na cara já era, para mim, sair definitivamente daquele mundo para voltar à realidade. Mas tem que ser, não é? À saída, o típico "até para o ano" aos seguranças. Vamos acreditar que sim ^^


E agora, momento de reflexão sobre o que correu bem, o que correu mal e o que poderá ser melhorado para uma próxima edição.

Pontos positivos:
Deixar o mundo real por alguns dias é sempre awesome. Conhecer novas pessoas e voltar a encontrar outras com quem estou, em certos casos, uma vez por ano, é fantabulástico. Como diz o Ricky, são as pessoas que fazem os eventos. E nesta edição consegui ainda falar com artistas! Uma vez que os dois primeiros dias da Comic Con tiveram menos gente, deu para ver tudo com calma, conhecer desenhadores e artesãos, os seus trabalhos enquanto babava e ainda encomendar umas coisinhas =)

Ainda que o espaço do evento tenha, no seu todo, diminuído, acho que os pavilhões foram melhor aproveitados, com menos espaços "em branco". A zona da alimentação tinha mais variedade, se bem que não seria pior ter uma melhor ventilação.

Contrariamente ao que muita gente tem dito, eu acho que o cartaz melhorou consideravelmente (não é aqui que me vou pronunciar quanto aos cancelamentos) e que a organização pensou em investir um pouco mais nos convidados. Se vieram todos os actores que eu gostaria de ver? Claro que não, mas também não poderia esperar tal coisa.

Pude falar com artistas e comprar a sua arte. Todos eles eram muito simpáticos e acessíveis, e incrivelmente talentosos, algo que só poderia sonhar em ser. Vi ainda muitos miúdos a fazer cosplay, mais até que no ano anterior, e até famílias inteiras! Isso deixa-me realmente feliz, por vez que as mentalidades estão, progressivamente, a evoluir. Ser cosplayer, independentemente da nossa idade, gostos ou meio profissional, é, acima de tudo, sobre fazermos uma coisa que nos faz bem! Não é uma perda de tempo ou de recursos. É estabelecer metas e cumpri-las, mesmo sacrificando a nossa sanidade mental a fazê-lo. É ser-se designer, costureiro, modelo, actor, fotografo, make up artist, cabeleireiro, inventor, chalupa, criativo. Feliz.

Uma palavra de agradecimento e de reconhecimento à organização da Heróis do Cosplay (e que não é a da Comic Con em si). Para mim, é uma das maiores e mais aguardadas actividades do evento e que tem primado, ano após ano, de uma excelente organização. Não estou a dizer isto por o Moço ter sido a cara do concurso até à edição anterior, mas porque é aquilo que eu realmente sinto. Acho ainda que, apesar do Heróis do Cosplay falar por si mesmo e não necessitar de publicidade extra, dever-lhe-ia ser dado mais crédito. Por isso, aqui fica o link para a página de facebook da Associação Portuguesa de Cosplay e para um vídeo maravilhoso de Adam Savage que todos, cosplayers ou não, deveriam ver.

A minha lista de prendas aumentou consideravelmente. A minha carteira está a ter uma síncope.

Darth Nyst e o seu paizinho!! As father as "daughter" =P

Pontos negativos:
Para mim, o grande aspecto negativo desta edição foi a organização. Não considero que tenha sido pior, no seu todo, que no primeiro ano de evento, mas tendo em conta que esta foi a terceira edição da Comic Con, a "meia desculpa" que tinham no primeiro ano foi-seE já nem estou a falar do facto de ter havido vários problemas com o cartaz, o qual, na manhã do primeiro dia, ainda não estava totalmente "fechado". Estou a falar dos panfletos que ainda estavam a ser dobrados para serem distribuídos durante o primeiro dia doa Con, da entrada pela acreditação que demorou imenso tempo, dos seguranças e dos voluntários que não sabiam responder a nenhuma pergunta porque, muito provavelmente, não foram convenientemente instruídos para tal e do papel higiénico que faltou nos wc's das senhoras. A do papel higiénico nunca me tinha acontecido em nenhum evento do género, Comic Con incluída.

Como disse acima, vi que o espaço do próprio evento encolheu bastante. O facto de estarem menos bancas na Comic Con este ano leva-me a pensar que, ou muitas dessas lojas fecharam (sei do caso de duas em específico) ou chegaram à conclusão que não lhes não compensa estar ali, o que é uma pena. Os autores e painéis literários foram "empurrados" para uma zona que, anteriormente, fora o Artist's Alley, mas que era deslocada de tudo o resto e, para além disso, uma zona bastante fria. Quem viesse do pavilhão das bancas de merchandise para ali, sentiria uma quebra de temperatura bem jeitosa para apanhar um resfriado. E vi um autor, um senhor mais velho, a ser deixado "meio perdido" pelo recinto.

O que falar dos artistas? Desta vez colocaram-nos numa zona mais central, no mesmo pavilhão que as lojas (porque havia espaço que chegasse e sobrasse) e, da mesma forma, eram em número consideravelmente inferior ao dos anos anteriores. Seriam, à vontade, metade. Só não percebo a necessidade de colocar uma parede de contraplacado a separar as bancas das lojas dos artistas. Isso originou a que muitas pessoas nem conseguissem perceber onde estes últimos estavam, e eu acho que só passei pela Artist's Alley no segundo dia da Con.

Não vi qualquer necessidade para que o evento tivesse quatro dias. Continuo a não ver. Para mim foi óptimo por todas as razões acima, e sei que foi uma forma de, no ano passado, se aproveitar o feriado, mas não estiveram assim tantas pessoas no recinto na quinta e na sexta que justificasse o alargamento da Con. As pessoas dispersaram por todos os dias do evento, tendo uma afluência relativamente baixa todos os dias, excepto no sábado. Da mesma forma, a maioria das actividades concentrou-se nesse dia, o que fez com que alguns visitantes tivessem que escolher ir a apenas uma actividade marcada para determinada hora, como aconteceu com o primeiro painel de Remember Harry Potter, o painel de dobragens e o concurso do Heróis do Cosplay, os quais aconteceram todos os mesmo tempo, no sábado. Provavelmente por isso, algumas actividades/ painéis tiveram um take II.

A minha lista de prendas aumentou consideravelmente. Vão haver reclamações por parte da minha carteira... e da do Moço também!

Finalmente, uma das piores coisas que este evento acarreta (e que não é necessariamente seu) é o mimimi que todos os anos aparece como por magia negra nos corredores e pavilhões sobre "quando é que a Comic Con vai ser em Lisboa". Já ouvi todos os argumentos possíveis e imaginários para que o evento vá para a capital: porque fica mais perto para toda a gente, porque assim o pessoal que vem de Lisboa tem mais facilidade com os transportes (nem todos, apenas os mais incautos), porque Matosinhos (melhor dizendo, Leça da Palmeira!) não é Porto, porque na Exponor só há um multibanco, porque há filas. Pessoal, já chega. Obviamente, eu vou sempre dizer que prefiro que o evento seja no Porto, porque fica mais perto para mim e porque quase todos os outros eventos são em Lisboa. Mas essa é a minha opinião puramente egoísta, eu tenho consciência disso e, como tal, não a vou impor a ninguém. Como eu me desloco a outros locais para ir a determinados eventos, também o faz tanta e tanta gente, de todos os pontos do país, muita dela da capital, e não os vejo queixar-se. Há argumentos que são perfeitamente plausíveis, mas porque há filas já não pode ser no Porto?! Neste tipo de eventos, há sempre filas, quer seja aqui, quer seja na Suécia. Não vejo qual a preocupação, até porque, sinceramente, acho que é uma questão de tempo até a Comic Con passar a acontecer em Lisboa. Mais tarde ou mais cedo, todos os eventos com nome passam para Lisboa. Vejam o caso do Vagos Open Air, que agora é apenas VOA. Por isso, basta esperar e, já que vieram ao Porto, aproveitem para comer uma bifana das boas ou uma francesinha. Se não for pela Con, venham ao Nuorte pela comida, que não se vão arrepender ;D

Digimon e Harley Quinn.


No seu todo, posso dizer, sem grandes surpresa, que adorei ir à Comic Con, porque viver naquele (também meu) mundo é sempre maravilhoso, juntamente com povo fantástico. Espero, claro, poder voltar para o ano, e nos anos seguintes, seja onde for, mas de preferência no Porto porque me dá mais jeito. É um argumento válido como todos os outros e o médico disse que não podia ser contrariada. Ele também disse que o sarcasmo me faz bem =P


Para finalizar, aqui fica a tradicional lista de hastags, as quais só vão entendidas por aqueles que as entenderem, e que vêm tão estupidamente caracterizando os posts mais apalermados (mas também os mais hilariantes) deste blog à beira mar (e penhasco) plantado.

#sesobrevivermosàcomicconoapocalipseestáganho #onequartersayajin #kamehameha #avozinho #imabbysciutoandiknowthings #fuiabordadaparatirarumafotoàsaídadacasadebanho #queroumfurbacca #tambémjogueipeixinhos #freethatfish #cometothedarksidewehavecookies #princessleia #leiaorganaskywalkersolo #darthnyst #daddysgirl #maytheforcebewithyou #euprecisodeumrickynaminhavida #quesáfodavaiassim #nadadistoémeuexceptoaroupainterior #povoquelavasnorio  #jávistasminhasmãosparecequefizumexameginecológicoprofundo #daquianadaficosemepiderme #sãotodasminhasfilhas #contraoboi #freedom #slytherinpride #bellatrixblack #missbella #ojasonmandouumaspiadolassobreosfãsfalaremtãobeminglês #aocontráriodeoutraspessoastipomoderadoresdepainéis #elenãodissequeerasobreissomaseunãosouparva
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* Todas as fotos que aparecem aqui foram tiradas por mim ou pelo pessoal que me acompanhou, excepto as devidamente assinaladas. Em todas foi pedido aos intervenientes o seu consentimento. Um muito obrigada ao pessoal que me enviou fotos da minha pessoa em cosplay, apesar de não me lembrar dos vossos nomes, e ainda ao Tiago Vasconcelos, fotografo da Cosplayer E-zine (devidamente assinaladas no texto ou nas próprias fotos). Um muito obrigada a todos!